domingo, 27 de janeiro de 2013

Django Livre

Se você já viu Pulp Fiction, Cães de Aluguel, Kill Bill, Bastardos Inglórios, sabe que Quentin Tarantino é expert em diálogos muito bem elaborados e em muito sangue, muito sangue MESMO. E essas são as marcas de seus filmes. Adoro Tarantino por isso. Nem sempre existe um por quê de certas conversas ou cenas, mas são tão boas, tão boas, que são necessárias. Django Livre é um dos mais novos filmes de Tarantino, e, como era de se esperar, sangue. Porém, não muito sangue (você até pode discordar, mas depois de ter visto Kill Bill, achei pouco). Sobre os diálogos, havia lido uma crítica dizendo que não eram tão bons quanto Quentin é capaz de fazer. Detesto ler críticas antes, porque eu vejo o filme pensando nelas. Detesto mais ainda ter que concordar com elas. Os diálogos quase beiram o comum, salvo algumas pitadas Tarantino, mas apenas pitadas. O sotaque mantém. O filme se torna menor por isso? Não sei dizer. Eu gostei e não consegui parar de ver. O engraçado for assistir e pensar: "Esse filme não pode ser do Tarantino." Aí vem outra cena e eu penso: "Sim, esse filme definitivamente é do Tarantino." E outra cena e acho que não é. Depois, você ouve a trilha sonora e pensa que é. Quando termina, você conclui que é indubitavelmente dele, mas tenho que dizer: Quentin parece ter amolecido um pouco, e se entregado a alguns clichês. Não sou expert, mas foi a sensação que tive. De qualquer forma, nenhum arrependimento de ter visto o filme. Ele prendeu minha atenção, a história é boa, e, apesar das críticas que escrevi, é Tarantino, portanto é diferente do que costumamos ver. Se merece estar concorrendo ao Oscar, difícil dizer. Até agora só vi Argo, e, é impossível comparar estilos tão diferentes. Django Livre é a história de Django, um escravo comprado por um caçador de recompensas, que acaba ajudando-o em seu trabalho. Django torna-se único, pois ele é um negro que monta cavalo, em 1858, quando os negros eram escravos no Texas, antes da Guerra Civil. Juntos, tentam encontrar a esposa de Django, Broomhilda, uma escrava criada por alemães. Pra quem é amante de Quentin Tarantino, como eu, esse é um filme pra lista. Pra quem viu Christopher Waltz em Bastardos Inglórios, talvez estranhe muito o ator nesse filme, pois vê-lo "bonzinho" quase não combina, rs.


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