sexta-feira, 2 de novembro de 2012

I Hope...

Os prisioneiros que andavam no pátio, acostumados ao único som emitido do alto falante - para avisar a chegada de novos cativos - pararam surpresamente admirados com aquele som diferente, que não anunciava nada que os lembrassem estar presos. Não. A sensação era completamente contrária. 
"_ That's the beauty of music, they can't get that from you. Have you never felt that way about music? (...)  You need it so you don't forget.
_ Forget?
_ Forget that there are places in the world that are not made out of stones, that there's something inside they can't get into, they can't touch. It's yours.
_ What are you talking about? 
_ Hope." - diálogo do filme.

Um Sonho de Liberdade (1994)

Sabe aqueles filmes tocantes que nos fazem chorar e sentir ao mesmo tempo triste e feliz? Pois é, este é um dos clássicos no estilo. Andy Dufresne (Tim Robbins) é condenado à prisão perpétua ao ser acusado de matar sua esposa e seu amante, apesar de se declarar inocente. Na prisão, conhece a dura realidade do lugar, mas acaba se tornando amigo de Red (Morgan Freeman). Andy é um rapaz muito culto e inteligente e acaba transformando a prisão, além de conseguir benefícios para si e seus amigos. Mas as coisas começam a complicar, e Andy percebe que seus esforços podem não ser recompensados. Desde o início, o filme o embala em sua doçura e rudeza, e o conduz fascinantemente à história da amizade entre Red e Andy. Amizade é um tópico que sempre me atrai, porque, pra mim, não existe relacionamento de mais valor do que esse. E eu acho que é graças a ela que Andy mantém consigo esse algo dentro de si que ninguém pode tocar: esperança. Eu penso que, mais do isso, ninguém tira nossa vontade de ser livre. Falar de liberdade é tratar de um conceito muito difícil de definir. Pra mim, é a sensação de saber e de sonhar o quão longe se quer chegar. O pensamento ninguém invade, por isso é livre e único. É dessa forma que surge o indivíduo, diferente de qualquer outro pelo fato de ser um livre pensador. Penso, logo existo. Ok, divaguei demais. O motivo é que, filmes como Um Sonho de Liberdade me fazem refletir sobre muitas coisas, e criam em mim essa sensação de grandeza interior, de inspiração momentânea, como se eu tivesse uma epifania reveladora da vida. Mas é isso, não passa de um momento, cuja descrição é difícil fazer, e se torna esse texto mal exposto. Enfim, um filme que vale MUUUUUUITO a pena assistir, muito mesmo!!!


sábado, 20 de outubro de 2012

Você viveu inesquecíveis histórias quando criança?

Coincidentemente, acabamos de passar a semana do dia das crianças e venho eu comentar sobre esse filme delicioso que acabei de ver.

That's What I Am

Dignidade Humana + Compaixão = Paz. Descobri o filme assistindo a trailers no Youtube, e este me pareceu muito bom. Adoro filmes que tratam das histórias e dos dilemas da infância, porque é tudo tão puro! E eu nunca vivi nenhuma dessas histórias. Se você quiser saber sobre minha infância, não tenho nada a contar, e acho isso muito triste. Então, assistir a esses filmes me faz sentir nostalgia por uma época que não vivi... Ok, depressivo demais o papo. Voltando ao filme, ele conta sobre a infância de um garoto que aprende o que é ser tolerante, num ambiente cheio dos preconceitos não tão inocentes que, no futuro, tornam-se em grandes problemas da sociedade. Exemplo, um dos garotos da escola entra em pâncio ao esbarrar numa garota considerada muito feia, pois fica com medo de "pegar" sua feiura, como se fosse algo contagioso. Sr. Simon é o professor que, através de sua postura, tenta ensinar aos alunos sobre o respeito e a dignidade. Para aqueles que viveram histórias parecidas, o filme é mágico: traz à memória muitas lembranças dessa época. Pois foi exatamente o que aconteceu com meu pai. Assistimos juntos, e assim que terminou, ele começou a me contar várias histórias, e era incrível como ele se lembrava dos fatos, porque, pra quem conhece meu pai, sabe que ele não é muito bom para recordar as coisas, muito menos com nomes. Ele se lembrou dos primeiros beijos, das brigas, dos garotos que apanhavam, daqueles que batiam, das garotas que o beijavam, do futebol na rua e das pipas empinadas. Foi tão rico ouvir tudo isso, foi como se eu tivesse "vendo" aquelas memórias. Pode ser impressão minha, mas a infância não parece ser mais a mesma hoje; parece ter sido corrompida por essa sexualidade precoce que extinguiu a pureza dos beijos e dos sonhos. Fico pensando na geração que está por vir... Estúpida e frustrada ao perceber tão tarde os valores que ficaram pra trás...
Bom, se você tem histórias interessantes da sua infância que se lembre, conte aí! Vou adorar lê-las!



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Maravilhoso Mundo de Austen

Estou numa fase Jane Austen da minha vida, já li quatro livros dela: Emma, Pride and Prejudice, e aí tive que conhecer como era ler Orgulho e Preconceito em português; apaixonei-me. E li também outros dois em português, Persuasão e Razão e Sensibilidade. Mas ainda quero ler Mansfield Park e a Abadia de Northanger, ambos em português e inglês. Bom, deu pra entender um pouco do vício? Tem uma coleção bilíngue que saiu com todos os livros dela. Quero comprar! Pois é, Jane está na minha vida desde que assisti Orgulho e Preconceito, dirigido por Joe Wright. Umas das histórias mais apaixonantes que conheci, está até no meu TOP 5 de filmes. Ontem, eu terminei Razão e Sensibilidade, não conseguia mais parar de ler! Enquanto não terminei, não dormi! E comecei a procurar uns filmes sobre o livro e me deparei com uma minissérie de quatro capítulos da BBC...

Lost in Austen

Como estava em clima Jane Austen, resolvi assitir, afinal sempre vi com bons olhos todas as produções da BBC, então imaginei que não pudesse me decepcionar. No entanto, deparei-me com uma suuuuuper surpresa: a minissérie é FAN-TÁS-TI-CA!!! Claro, se você viu Orgulho e Preconceito e gostou, vai gostar de Lost in Austen. Mas se você, como eu, viu e AMOU, então vai se derreter com esse filme. Minha amiga que estava do meu lado enquanto eu via o filme é testemunha das minhas manifestações: eu gritava, quase chorava, parava o filme, olhava loucamente afetada para ela e dizia: Ci!!!! Você tem que ver o filme! E isso foi durante dois episódios de 50 minutos cada, porque durante os outros dois ela estava dormindo. Vi assim, "numa sentada"! Quando eu li o livro, terminei e queria tanto ser Elizabeth Bennet! E em Lost in Austen, a personagem principal, Amanda Price, tem essa chance! E ela é muito engraçada. Dei risada em várias cenas. Fiquei com medo que o roteiro modernizasse demais a comédia e a história, mas a BBC sempre me deixa feliz, pois foi tudo na medida certa. O mais divertido são os personagens que têm histórias por trás daquelas contadas no livro, e você passa a ter outra imagem deles. Quanto a Darcy, não pense que Amanda se apaixonou por ele logo de cara. Ao conhecê-lo pessoalmente, achou-o grosseiro e teve as mesmas primeiras impressões de Lizzy no livro. Portanto, ela passa a viver a história de Elizabeth, mas não da mesma maneira. E não tem como você não se sentir fascinada e, confesso, com uma boa pitada de inveja, desejando imensamente que houvesse uma porta na sua casa que, assim como no filme, levasse-a para a casa da família Bennet. Enfim, imperdível. Pra todos os corações apaixonados ou que um dia querem se apaixonar.







sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Uma Boa Surpresa

Crazy, Stupid, Love (2012)
















Quem diria que um filme cujos pares românticos são Julianne Moore e Steve Carrel, Ryan Gosling e Emma Stone, poderia dar certo? Nunca fui fã das comédias de Steve Carrel, mas ele me supreendeu nesse filme. Com um mix de drama, Crazy, Stupid, Love conta a história de um casal em crise: a esposa traiu o marido, que já não é mais o homem que a conquistou um dia. Então, ele vai a um bar numa noite e conhece Jacob, um cara que sabe levar uma bela garota no papo, e toda noite sai com uma delas. Jacob ensina Mr. Weaver como a ser esse "galã". E nesse meio tempo, o jovem conhece Hannah e se apaixona. Embora não seja A novidade, o filme tem seus créditos. O drama do casal é bem contado. Além disso, nas cenas em que ri, eu REALMENTE ri, foi hilário. Se o seu humor é igual ao meu, você também vai gostar muito delas. Só me decepcionei um pouco com o Ryan Gosling, o ator que interpreta Jacob. Em algumas cenas ele é fantástico (as garotas que o digam), mas em outras fica muuuito a desejar, esperava muito mais dele. É um filme gostoso pra se ver comendo pipoca numa noite gostosa como essa (se você, como eu, não fez nenhum plano de sair :( ).

domingo, 26 de agosto de 2012

Salmon Fishing In The Yemen

Quando eu li o nome do filme pela primeira vez, fiquei: "WTF"?! E já imaginei um filme lixo, mas fiquei curiosa pra ver o trailer. Elenco: Kristin Scott Thomas, Emily Blunt e Ewan McGregor. Bom, pensei: se eles estão no elenco, então talvez eu esteja enganada quanto ao filme ser um lixo. Terminei de ver o trailer e eis que o amei!! Acabei de assisti-lo e percebi que têm surgido boas e diferentes comédias romântica fora do universo hollywoodiano. Antes, comédia romântica era aquela coisa Sessão da Tarde, algo estilo A Proposta, todos os filmes com a Drew Barrymore ou Katherine Heighl (quem não amou Nunca Fui Beijada ou A Verdade Nua e Crua?). E hoje, com esses novos diretores e roteiros e filmes surgindo, você percebe esse novo estilo chegando, com produções como Like Crazy, Friends With Kids (vai ter um post deste logo), Missão Madrinha de Casamento (também farei um post desse, porque eu nunca ri tanto num filme!) e este, Salmon Fishing In The Yemen (Pesca de Salmão no Yemen). Esses novos filmes têm um quê de mais seriedade; sim, alguns clichês ainda continuam, mas em algum momneto deles você realmente se pergunta se o fim será como você espera. Ou seja, são romances com um tom mais realista (ok, pesca no Yemen pode não ser tanto, mas eu falo da relação do casal), o que o faz perceber melhor o drama do amor, e não aquele produto pronto estilo Para Sempre Cinderela (que aliás, eu adoro mesmo assim, rs). 
O filme traz justamente essa idéia, e, ao mesmo tempo, o prende com a idéia da pesca de salmão no Yemen. O sheik que fornece todo o dinheiro e a proposta inicial pra esse empreendimento é um tanto quanto doce demais, bom demais, e você se pergunta se um cara desses relamente existe na realidade. Talvez exista, e o que nós temos é apenas um preconceito criado pela forma como a idéia de um sheik nos é passada. No entanto, existindo ou não, uma boa comédia romântica precisa de uma boa pitada de improbabilidades, senão, algo realista demais torna o filme sério demais, e não arranca suspiros de ninguém.
Salmon Fishing In The Yemen conta a história de um sheik que resolve levar essa prática para seu país, menos com todas as adversidades contra o projeto, e conta com a ajuda de sua assistente Harriet e do cético Dr. Jones especialista em peixes. Harriet tem um namorado a serviço no Afeganistão enquanto Fred Jones vive um casamento apático de anos. Para estimular o projeto, a assessora de imprensa do Primeiro Ministro da Inglaterra divulga-o, com o objetivo de melhorar a visão inglesa do Oriente Médio em meio a tantas guerras. 
Idéia do filme surpreendente, história cativante. Tem lá seus clichês, mas um pouco deles é sempre bom de se ver. Do mesmo roteirista de Quem Quer Ser Um Milionário e do diretor de Chocolate, duas produções de muita qualidade.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Setembro/2012: o mês traiçoeiro

Ok, o título foi exagerado, eu sei, rs, mas achei engraçado causar essa sensação, porque, pra mim, será realmente um mês complicado... Que a Força do Mestrado esteja comigo...

Se você, como eu, é um viciado em séries, sente só o que Setembro, começo da Fall Season dos EUA, nos aguarda... (os vídeos contêm spoilers)

25/09 - New Girl
É uma série de comédia, gostosinha (apesar que eu esperava mais dela) e divertidinha que pretendo acompanhar durante sua segunda temporada. Se você não conhece, conta a história de Jess, uma professora doidinha, nerd e doce que vai morar com três caras engraçados, após um feio rompimento de namoro. Pra quem acompanha, assista a promo da segunda temporada (sem legendas, sorry)


26/09 - Modern Family
Se você ainda não assiste a série, está perdendo uma das séries mais criativas (que eu já vi, pelo menos) de comédia. Ela é feita como um pseudocumentário de uma família muito doida. Estréia nesse dia sua quarta temporada. Confira! (E assista, vale a pena pra você se divertir)


28/09 - Fringe
Em sua última temporada, a série, umas das melhores que eu já vi, realmente precisa terminar enquanto há tempo para um gran finale, antes que vire Lost (afinal, é criada por JJ Abrams, então você pode esperar de tudo). Ela está totalmente instigante! Se você acompanha uma das melhores séries científicas de todos os tempos, sinta o que vem por aí na quinta temporada...


30/09 - O Dia Traiçoeiro
Não, este não é o nome de uma série... Se você curte essas séries, ou algumas delas, sente só como você terá que fazer muito esforço para se manter disciplinado em sua rotina de estudos e trabalhos. Só estréia coisa boa demaaaais!!!

Dexter
Eu vi essa promo da 7ª temporada e não acreditei: vai ser demaaaais!!!! Se bem que eu esperava uma relação um pouco diferente entre Debra e Dexter, algo mais cúmplice. Mesmo assim, espero grandes cosias...


Homeland
Uma das melhores estréias do ano passado, o canal Showtime vem arrasando em suas séries. A primeira temporada prende sua total atenção e, por essa promo, imagino que a segunda temporada não vá ser nenhum pouco diferente... (oh God, why?!) Expectativas a mil!



Revenge
A série meio que acabou se tornando mais um novela, teve alguns episódios meio chatos no final da primeira temporada, mas ainda continua instigante, e eu aguardo a segunda temporada cheia de expectativas também! Espero que a série continue me surpreendendo!! E não se perca em suas tramas, como eu acho que quase correu o risco de acontecer...


The Mentalist
Série deliciosa de se ver, graças ao ex-vidente Patrick Jane, que sempre resolve os crimes de forma não convencional. Porém, apesar do seu humor irônico, persegue obsessivamente o assassino de sua família, Red John, que, por sua vez, adora provocar Patrick. Não é série grande, mas faz sucesso por sua simplicidade. Se você acompanha, veja então um pouco mais de Patrick.


The Good Wife
Quem já acompanhou meu post sobre séries, sabe que essa está no meu Top 5, ou seja, é óbvio que estou louca pra ver a próxima temporada. Pena que não encontrei nenhuma promo boa pra essa quarta temporada, a não ser esse videozinho super rápido!



Mas não fica por aqui... aguarde o próximo post...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pitanga em Pé de Amora

Não me lembro bem como entrei em contato com a banda... Talvez alguém deva ter postado no facebook... Só sei que é uma obra-prima da música brasileira! Se você gosta daquele sambinha bom mesmo (nada de pagode, pelo amor...), com ótimas letras e arranjos simplesmente lindos e criativos, essa é a banda certa para você. Laura, por exemplo, me lembra um pouco de jazz (desculpem a ignorância musical, mas como está no meu perfil, faço matemática, e gosto de dar meu parecer leigo das coisas, rs), mas esta é a música de que menos gosto do CD (se bem que, depois de ouvi-la algumas vezes, criei um gosto especial por ela, mas ainda não é a predileta). A música de sucesso, que tem sido usada como a principal para alavancar a banda, imagino ser Choro (que segue logo abaixo). E essa música realmente é riquíssima, pois tem o toque do samba e até das marchinhas! A letra é engraçadinha, conta a história de um cara que é desprezado e maltratado pela mulher que gosta mas no fim sempre fica com ela. O clipe é verdadeiramente artístico, muito bem feito. 



Já para aqueles que preferem algo parecido com um forró, vale a pena ouvir Shot (no final da música, ela ganha velocidade e eu fico me imaginando dançando, e girando, e girando, bom demais!). Mas quem disse que os estilos param por aqui? Tem uma música do CD chamada Andina. Não sei por quê, mas ela me lembra um pouco de algo oriental! É fantástica a diversidade dessa banda! E a voz do Diego Casas então que mais parece Chico Buarque cantando? Não acredita? Ouça Ninguém Viu ou Quem Ouvirá... O Diego compõe a maioria das músicas, pelo que entendi quando conversei com o Daniel Altman, que, por sua vez, faz alguns arranjos junto com o resto do grupo. Inclusive, é do Daniel o arranjo e a letra de Meu Caminho, sobre o estudante que sai de casa e tem que se desapegar da família e a família dele (sério, ouçam, quero chorar só de lembrar, linda...). Se não me engane (porque não contei), a maioria das músicas é interpretada pela voz belíssima de Flora Poppovic. Ouça Quando Eu Te Encontrar (abaixo) e Chegou (puro samba) e confira.



Os caras cantam bem, arranjam bem, compõem bem e conseguem ainda fazer aquele som perfeito NUMA COZINHA! Pois é, é isso mesmo, numa cozinha. Basta ver o clipe (também abaixo) da música Melhor Assim.



Bom, se você acha que acabou, ainda tem mais!! Gosta de frevo? Que tal ouvir então Frevo a Tempo? Eu viciei nessa música a primeira vez que ouvi... Aliás, viciei na banda: ouço indo pra faculdade, voltando, caminhando, nem sei mais contar quantas vezes já ouvi o CD inteiro; já sei as músicas de cor!!
Pra finalizar, sabe aquele som maravilhoso que você ouve de olhos fechados e se sente flutuando? Maré Baixa... Belíssima... (Abaixo, postei essa música na voz de Mônica Salmaso).



Bom, deu pra ter uma idéia do quanto é boa, certo? E acredita que essa obra de arte um dia quase desistiu? Nós temos que aprender a valorizar coisa boa assim...
Dentre os integrantes da banda, existe amizade que vem da escola!!! E outros se conheceram em rodas de choro e samba!! Eles têm até algumas histórias legais deles, mas não sei se pode contar, rs.
Pra saber mais sobre essa banda genial composta por Flora Poppovic, Diego Casas, Daniel Altman, Angelo Ursini e Gabriel Setubal, é só entrar no site www.pitangaempedeamora.com.br. Lá tem o CD disponibilizado para download!!! Têm mais dois novos trabalhos deles, Sonhos Lúcidos e Levantar, Respirar. Se você curtiu a banda, YouTube tem tudo deles! Eles também tem um canal chamado TV Pitanga em Pé de Amora que tem todos os vídeos do grupo.
Sucesso pra vocês!

domingo, 12 de agosto de 2012

Uma História de Criança

Finalmente, depois de muito tempo, de muita labuta com os estudos de matemática, consegui tirar um tempo para escrever de novo no blog. Dessa vez, resolvi fazer uma postagem bem diferente. Antes de mais nada, preciso dizer que, infelizmente, devido às fortes pressões e correrias do curso, postarei com menos frequência que antes (que era quase todos os dias), mas não abandonarei o blog. Portanto, aceito sugestões sobre coisas a se postar, que acharem interessantes, se quiserem que eu comente algum filme específico ou trate de qualquer assunto, ou caso queiram participar do blog de outra forma, fiquem a vontade. É um blog pequeno, claro, sem grandes objetivos a não ser postar coisas que eu acho interessantes para compartilhar com vocês. Mas fiquem a vontade para fazerem parte dele (se quiserem, hehe). Bom, continuando, (eu divago demais) tinha escrito, há uns meses atrás, uma história infantil, porque eu aaaamooo histórias infantis, puras, inocentes, e amo crianças também. A princípio não iria compartilhar, mas pensei: "qual o problema, certo?" Também tinha a intenção de fazer uns desenhos pra ilustrá-la, mas percebi que perdi esse dom há algum tempo (muito triste). Se alguém quiser fazer e me mandar, hehehehe, mas é só uma sugestão, rs. Chega de papo, aí vai (é meio grandinho, hehe):

Quando Amélia resolveu ser Rainha

Amélia tinha oito anos quando fez sua primeira rebelião. Seus pais queriam que ela dividisse seus brinquedos com sua irmã mais nova de três anos, mas Amélia não queria, porque os brinquedos eram dela e pronto! Então, foi correndo para o seu quarto, juntou todos os livros que tinha e foi empilhando-os de tal forma a construir uma barricada na porta do quarto. Pegou uma coroa de rei de um de seus bonecos, colocou sobre sua cabeça e decretou aos pais:
- A partir de hoje, serei Rainha do Quarto!
Seu pai, que achou graça, mas não riu porque pensou que dessa vez deveria levar Amélia a sério, disse:
- Quarto não é nome de reino!
- Tá bom! – concordou Amélia – Então, a partir de hoje serei Rainha do Reino... de... das... – e olhando o “muro” que havia construído – Reino do Muro de Livros!
- Rainha do Reino do Muro de Livros... – pensou o pai – Mas você sabe que é muita responsabilidade, certo? Afinal, são muitos brinquedos pra governar.
- Eu sei governar, tá!
- Ok, então, Amélia, digo, Vossa Majestade. Caso precise de algo, o reino vizinho talvez possa lhe ajudar.
- Não preciso da ajuda de ninguém! Eu sei governar sozinha!
- Nesse caso, não discutirei. Até!
O pai fechou a porta e retirou-se, rindo muito por dentro.
Amélia olhou ao redor, viu o tanto de bonecos e bonecas que tinha, os jogos, os brinquedos, e pensou: “E agora?” Sentou-se na cama. Em seu reino havia uma estante de livros, onde ficavam alguns índios e índias com chocalhos em volta de uma fogueira apagada, que ganhara de uma promoção de chocolates; um caubói que parecia o Woody do Toy Story, seu desenho predileto; um cavaleiro de espada que ela dizia ser seu príncipe encantado e um dragão vermelho com dentes enormes para ser seu inimigo. Em sua cama, vários ursinhos de pelúcia, alguns com pequenos coletes com botões, que ela sempre ganhava de seus tios e avós. Na cômoda ao lado da cama, guardava seus pertences pessoais; para enfeitá-la, havia um padre de biscuit que ganhara de sua avó e anjinhos de porcelana que Amélia mesma comprara, os quais tanto amava. Na parte de baixo do armário de roupas ficavam a casinha da Barbie com o Ken, algumas bonecas, um bebê que usava uma chupeta e um rei que ganhara do seu pai no seu último aniversário; em cima de tudo, jogos de quebra-cabeça, da memória, de forca, etc; ao lado dos jogos, bem no canto escondido, um boneco da Dona Morte que seu tio esquisito lhe dera. Amélia nunca fora fã do brinquedo, mas nunca teve coragem de se livrar das coisas que ganhava. De repente, resolveu ficar em pé na cama, olhou a todos e disse em voz alta:
- Vocês agora devem me obedecer! Sou a rainha de todos vocês! Se quiserem algo, devem se dirigir a mim! E eu decido o que deve ser feito!
Falou com tanta imponência! Porém, como resposta, obteve os mesmos olhares para o nada de seus bonecos e bonecas, todos os brinquedos parados, os jogos fechados. Então, sentou-se e bufou de tédio. Achou que governar seria mais divertido, quando eis que uma voz se rompe:
- Ei! Eu quero minha coroa de volta!
Amélia tomou o maior susto! Achando muito estranho que fosse um de seus bonecos, escondeu-se debaixo do cobertor e gemendo perguntou:
- Quem está aí?
- Ora, quem! Sou eu, o Rei!
Ela olhou pro boneco do qual tirara a coroa e hesitante disse:
- Você é rei de onde?
- Como assim de onde? – retrucou o dono da coroa – Sou Rei do Quarto!
- Mas Quarto não é nome de reino! – respondeu Amélia lembrando-se do que seu pai dissera – E todo rei tem coroa! Onde está a sua? – continuou, escondendo-a debaixo do travesseiro.
Então, o Rei olhou indeciso ao redor e vendo que ninguém mais se manifestava inclinou-se e disse:
- Perdão, minha senhora. A quem de devo a honra de dirigir-me?
- A Amé... Não! À Rainha do Reino do Muro de Livros!
O rei, que não era mais rei, fez uma grave reverência à menina e respondeu:
- Servo Adalberto, a seu dispor, Vossa Majestade.
E triste, retirou-se para o canto do armário onde ficava.
Amélia curtiu seu momento de poder por mais alguns minutos e quando percebeu que magoara Adalberto e que ninguém mais se manifestava, ficou tristonha.
Estava quase desistindo da idéia de ser rainha quando veio em sua mente uma brilhante idéia! Ela tinha uma boneca que usava chupeta. Então, foi até ela e tirou sua chupeta. De repente, a boneca bebê começou a chorar e não parava mais. E foi aí que aconteceu exatamente o que Amélia esperava que acontecesse: todos os bonecos e brinquedos começaram a se inquietar e gritar:
- Mas que diacho! Devolve a chupeta da menina! – reclamou o caubói.
- GRRRRR! – rugiu o dragão vermelho.
- Por favor, eu imploro, minha rainha! Aquiete essa menina de novo! – suplicou a Barbie.
Os ursinhos de pelúcia começaram a rolar pela cama e pelo chão, desesperados; os índios e índias dançavam em volta da fogueira apagada; enquanto os anjinhos de porcelana e o padre oravam pedindo a Deus que a menina parasse.
A alegria de vê-los todos acordarem acabou rápido quando Amélia percebeu que tudo virara um caos. Logo, colocou a chupeta de volta na boca da bebê-boneca e gritou:
- Moradores do meu reino! Agora que finalmente resolveram acordar, quero que me escutem! Sou a nova rainha de vocês! Ninguém sai ou toma decisões sem meu consentimento, tá?
Todos ficaram em silêncio, alguns assustados, outros com estranheza, alguns com desdém. Percebendo a falta de credibilidade com que a olhavam, resolveu tomar uma atitude mais drástica. Foi de novo até a boneca e colocou a mão em sua chupeta e, ameaçando tirá-la novamente, perguntou, enfática:
- Entenderam??
Todos mais que depressa se dispuseram a fazer reverências e a declarar sua submissão. Tudo isso deixou Amélia muito contente e cheia de si. Ansiosos então para servir a nova rainha, perguntaram:
- Qual sua primeira ordem, Vossa Majestade?
Amélia fechou o sorriso e começou a pensar: que ordem ela queria dar? Então, lembrando as rainhas que vira em filmes e desenhos, todas cheias de ostentação e pompa, resolveu que queria o vestido mais belo de todos. Apreensivos, pois queriam agradá-la, começaram a procurar pelo reino todos os pertences valiosos que pudessem colocar no vestido. Então, cada um deu de si aquilo que mais davam valor: o caubói deu seu chapéu, o dragão, seus dentes, o jogo de quebra-cabeças deu algumas de suas peças, e o da memória deu cada um dos pares; a Barbie cedeu alguns de seus vestidos, os ursinhos, os seus focinhos ou botões de seus coletes; os índios deram seus chocalhos e os anjinhos quebraram suas asinhas para dar ao vestido da rainha, enquanto o padre deu sua bíblia. O bebê foi o único que não deu nada, e Amélia deixou, porque ele seria útil com a chupeta, seu maior bem. Eram muitos os brinquedos e bonecos, e, aos poucos, a cama de Amélia foi ficando cheia de coisas. Só faltava o ex-rei.
- Vossa Majestade, Grande e Poderosa Rainha do Reino do Muro de Livros. Não tenho nada de precioso para dar. Meu bem maior, que era minha coroa, foi perdida!
A menina, lembrando que roubara e escondera a coroa, ficou com medo de dizer que sabia onde estava e ser descoberta como uma fraude. Então, recordando que tinha todo o poder que queria, disse:
- Você mente! Porque quer tomar meu lugar! Aposto como escondeu sua coroa! Que rei perde assim a sua coroa? Alguém já ouviu falar disso?
Todos concordaram prontamente com a rainha e passaram a chamar Adalberto de mentiroso e traidor, porque escondera a coroa e queria o trono pra si. O ex-rei, alarmado, começou a implorar dizendo que jurava por sua vida que era tudo mentira e que havia mesmo perdido a coroa, e que não queria o reino pra si. Divertindo-se com o fato de ter todos seus súditos apoiando-a tão fervorosamente, Amélia decide ousar ainda mais:
- Então está chamando a sua rainha, a quem jurou servir, de mentirosa?
Adalberto, aflito, colocou suas mãos no rosto e pôs-se a chorar. Vendo que a brincadeira fora longe demais, ela decidiu então que pouparia sua vida, mas que, caso a coroa fosse encontrada, ele deveria ser preso.
Então, a rainha iniciou um grupo de busca do bem maior do ex-rei. Ela sabia onde estava, mas para disfarçar, pediu que começassem a busca no armário onde ele ficava. Depois de alguns minutos, o cavaleiro sem espada (porque agora esta fazia parte do vestido) bradou:
- Aqui está! Embaixo do travesseiro de Vossa Majestade! Ele deve ter colocado aqui para dizer que Vossa Majestade havia roubado a coroa!
As vozes exclamavam:
- Que absurdo! A rainha nunca faria isso! Ela é cheia de benevolência!
Percebendo que a traição do ex-rei era ainda maior, ouviu-se:
- Fogueira! – gritou o padre.
- Forca! – berrou o Jogo da Forca.
Os índios faziam barulho enquanto pulavam. Barbie chorava nos braços de Ken, o dragão cuspia fogo, os ursinhos rolavam um em cima do outro, os anjinhos clamavam a Deus pela vida do pobre homem e a boneca-bebê batia palminhas. De repente, ao ouvir a voz do boneco de capuz negro e foice na mão, todos se calaram:
- Morte!
Amélia ficou assustada com a seriedade das coisas e estava quase desistindo de ser rainha quando lhe ocorreu que isso poderia lhe ser útil. Então, levantando-se sobre a cama, com o nariz empinado, declarou em alta voz:
- Meus queridos súditos do Reino do Muro de Livros, ouçam bem. Eu, como rainha, tenho o poder sobre a vida de cada um de vocês. Portanto, decidi o que fazer com o rei.
Todos olhavam ansiosos com a decisão. Alguns desejavam o pior, outros acreditavam na misericórdia da rainha.
- Eu decido que... – e olhando os olhos arregalados de todos, continuou - ... a vida desse meu súdito seja poupada! E retiro dele todas as acusações!
A Morte retirou-se irritada, enquanto todos os outros aplaudiam e davam vivas de alegria pela benignidade da rainha, que passou a ser chamada de Amada Rainha.
Por fora, Amélia sorriu, mas por dentro, sentia-se culpada, afinal, fora ela quem roubara a coroa do legítimo rei. Este, por sua vez, bem triste, porém aliviado, agradeceu à rainha e pediu para retirar-se por algumas horas, pois estava cansado. A Amada Rainha, sob os olhares de expectativa de mais um ato de benevolência, respondeu que podia e pediu para Barbie cuidar dele.
Como presente, todos os seus súditos passaram a se empenhar em confeccionar o vestido da majestade. Pegaram o lençol de sua cama, arranjaram linhas e cola e, após quase uma hora, seu vestido estava pronto. Amélia resolveu então que fariam uma festa de inauguração do vestido majestoso. Ela o vestiu e todos aplaudiram e deram vivas de alegria. Então, colocou uma música de sua caixa de som e dançaram por mais uma hora.
Pelo buraco da fechadura da porta do quarto, o pai de Amélia a olhava admirado com a arte da menina. E achou tão engraçado, que decidiu que não atrapalharia.
Todos os moradores do Reino do Muro de Livros estavam muito cansados e, por isso, dormiram. Após algumas horas, estavam já todos acordados quando um dos brinquedos se manifestou:
- Amada Rainha, quando poderá mostrar-nos mais de sua benignidade?
- Como assim? – perguntou Amélia, que não havia entendido.
- Ora, quando é que poderemos ser ouvidos quanto aos problemas do povo de seu reino e sermos atendidos?
- Que problemas?
- Ora, o bebê não come há algum tempo, alguns jogos já estão velhos e precisam de assistência, sem contar que não organizamos proteção nenhuma contra qualquer ataque!
- Ataque?! Quem nos atacaria?
Vendo que sua pergunta gerara olhares desconfiados, como se Amélia estivesse fazendo descaso com o reino, resolveu que atenderia a cada um deles. O problema é que cada um deles tornaram-se muitos deles. O dragão precisava de dentes para comer e para botar medo naqueles que o atacassem; o cavaleiro precisava de sua espada para se defender; Barbie e Ken queriam se casar, mas o padre não queria casá-los porque ela não tinha roupas apropriadas de casamento; o caubói sentia-se ocioso; os índios não tinham fogo pra sua fogueira, nem instrumentos para tocarem sua música. Amélia percebeu que era muita coisa pra resolver sozinha e que precisava de ajuda.
De repente, ouvem-se estrondos ecoar pelo reino. Todos começaram numa correria que fez tudo virar o maior caos! E no meio da confusão, a chupeta da boneca-bebê caiu e ela começou a chorar, causando o maior alvoroço. Achando que estavam sob ataque, começaram a subir pelo vestido de Amélia para recuperar seus pertences, e o rasgaram todo. De posse da espada, o cavaleiro pôde gritar:
- À batalha, homens! Lutar ou morrer!
- Que Deus tenha piedade de nós! – choramingou o padre.
Os anjos tentavam voar com as asas recuperadas, mas não conseguiam mais colocá-las de volta e começaram a clamar a Deus por piedade também. Os ursinhos, que com botões ou sem botões, focinhos ou sem focinhos não podiam fazer nada, rolavam como sempre, e derrubavam todo mundo a sua frente. Os índios sacudiam os chocalhos recuperados e quanto mais o bebê chorava, mais alto chacoalhavam. O caubói, com o chapéu, recuperou sua dignidade e foi junto ao cavaleiro lutar na suposta batalha. O dragão passou a cuspir fogo, mas ainda não causava medo, porque não conseguira recuperar os dentes, e então fugiu junto com a Barbie e o Ken. Os jogos todos se espatifaram e o único brinquedo que permaneceu calado foi a Morte, sedenta pela batalha. O estrondo novamente se ouviu e a mãe de Amélia, que batia na porta do quarto, perguntou:
- Que barulho todo é esse aí?
- É só o caos da rebelião, mãe, mas já dou um jeito nisso.
A mãe foi embora sem entender e a menina, vendo que não servia mais para ser rainha, resolveu contar a verdade. Primeiro, precisava dar um jeito de aquietá-los. Colocou a chupeta de volta na boca da boneca-bebê, pegou a cola e, um por um, foi consertando. Colou os dentes do dragão e as asinhas dos anjos; juntou todas as peças do quebra-cabeça e do jogo da memória; ajeitou os ursinhos perto do seu travesseiro, devolveu as roupas da Barbie e, com retalhos do lençol, fez-lhe um lindo vestido de noiva. Assim, todos foram aos poucos se acalmando. Quando estavam finalmente todos quietos, Amélia perguntou pelo ex-rei. Bem cabisbaixo, ele apareceu e ela, recuperando a coroa de seu vestido, foi até ele e o coroou dizendo:
- Eis aqui o verdadeiro Rei!
Todo mundo ficou sem entender e, então, Amélia contou a eles toda a verdade, desde a construção do muro e a rebelião contra seus pais. Olhando cada um deles muito envergonhada, disse:
- Queria pedir desculpas por ter mentindo a cada um de vocês. Eu achei que desse conta de ser rainha e comandar um reino sozinha, mas não sei fazer isso. Esse reino é melhor sem mim.
Foi em direção aos livros, desempilhou-os e os colocou de volta no armário. Por fim, completou:
- E o Reino do Muro de Livros nunca existiu. Eu inventei tudo. O muro era de mentira.
Completamente confusos, todos se perguntavam “ E agora?”. Amélia, entendendo que precisava de um julgamento, disse:
- Seja lá o que decidirem, estou disposta a cumprir, nem que custe muito.
O rei, mesmo depois de todas as mentiras e peripécias de Amélia, bondoso e nobre como era, compadeceu-se da pobre menina, verdadeiramente arrependida, e decidiu que ela estaria livre de qualquer acusação. Porém, como condição, pediu que ela o ajudasse a cuidar do reino que agora era de volta o Reino do Quarto. Amélia prontamente disse que sim, e entusiasmada, perguntou se poderia fazer um pedido. O Rei do Quarto concedeu-lhe esse desejo, sendo aclamado pelo seu povo, que passou a chamá-lo de Amado Rei. Ela pediu:
- Eu tenho uma irmã mais nova, que ama cada um de vocês. Posso chamá-la para ajudar-nos a tomar conta do reino?
- Quanto mais súditos, melhor! – respondeu o rei todo alegre.
Amélia saiu sorrindo do quarto e gritou por sua irmã. Seu pai a trouxe e ela disse:
- Pai, minha rebelião acabou. Depois de um longo governo, percebi que não sirvo para comandar. Por isso, o quarto tem um novo rei, muito melhor que eu, que por bondade poupou a minha vida e me permitiu trazer minha irmã para ajudar a cuidar dele. Portanto, agora podemos brincar juntas!
- E não está faltando mais nada, filha?
- Poxa, pai! Corri risco de vida aqui! O que mais que você quer?
- Amélia! Modos ao falar comigo! Peça desculpas! Você deixou sua irmã muito triste hoje!
- Desculpa, irmãzinha. Você pode brincar comigo quando quiser.
- Que bom que aprendeu, Amélia.
- Desculpa, papai. Não farei mais isso. Decidi que serei apenas uma súdita agora.
- Uma súdita?
- Sim.
- Amélia, você tem cada uma... Ei, e o que é aquele lençol todo rasgado? Se sua mãe vir vai ficar muito brava!
- Relaxa, pai, depois eu explico pra mamãe, ela vai entender. Era meu vestido de rainha com pertences valiosos de cada brinquedo. Mas eles acharam que estavam sob ataque, então precisaram recuperá-los de volta e começaram a subir no meu vestido. Ele acabou se rasgando todo.
- Ataque? Do que você está falando, Amélia?
- Ai, pai, você é forasteiro, não vai entender. Faz um favor? Quando vier nos chamar, não bata muito forte na porta, tá? Senão vai começar tudo de novo: os índios vão tocar os chocalhos e dançar, o padre vai pedir piedade, os anjinhos vão sair voando, o dragão cuspindo fogo, o caubói e o cavaleiro vão achar que estão numa batalha e pior, se a chupeta do bebê cair, aí sim estaremos perdidos!
O pai ficou boquiaberto e achou melhor não perguntar nada. Simplesmente disse ao sair:
- Amélia, tem hora que eu acho que você lê demais!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

God Bless America

Voltei! Com mais um filme, e esse é muuuuuuuuuuito bom!!

God Bless America (2011)

Descobri esse filme por uma postagem do facebook que fizeram e fui ver o trailer. Gente, se tem um estilo que eu amo, é aquele sanguinário à la Tarantino, com um ar extremamente irônico e sarcástico (estilo Pulp Fiction). God Bless America é isso: um cara que se cansa da vida, das pessoas medíocres alienadas por uma mídia podre, e que descobre que está com câncer terminal, e então, não tendo nada a perder, resolve sair matando todo mundo que considera maldoso, cruel, "que merece morrer". Simples assim. Muito engraçado!!! Ao longo de seu caminho, encontra uma adolescente muito esquisita que resolve partir com ele em suas matanças, e juntos viram "Bonnie e Clyde". É um humor ácido com conversas muito inteligentes e discursos muito diretos do personagem para com a sociedade americana. Um trecho marcante é quando ele diz num diálogo com seu colega de trabalho: "Why having a civilization if we are no longer insterested in being civilized?" Ele fala do descaso das pessoas umas com as outras, da falta de respeito uns com os outros. Já o vi duas vezes, a segunda vez com uma amiga, e ela deu uma descrição perfeita para o filme, que eu até então e estava me sentindo culpada em dar: ele laaaaaava nossa alma. Quantas vezes você não se sentou para ver um filme no cinema e aparece aquele cara chato, ou aquela turminha pré-adolescente ou ainda (como aconteceu comigo) uma velha FDP que começa a tagarelar? A vontade é sair matando geral! (Não que eu faria isso, claro, até porque não tenho dinheiro pra comprar uma arma, mas bate aqueeela vontadezinha). Ou senão quando não reconhecem seus esforços e sua boa vontade? E só sabem olhar para o próprio umbigo? Você já não quis que aquela ou aquele idiota na tevê que comanda as massas com suas idéias fúteis desaparecesse? E, se você, como eu, não suporta mais boa parte da mídia, que explora as pessoas e promove uma idéia perturbada de sociedade, assista ao filme. Ele não é pesado. É muito engraçado, isso sim! E preste muita atenção nas falas dos personagens, porque têm muito conteúdo. E divirtam-se!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

They were kids that I once knew

Falei que junho ia ser um mês difícil pra publicar, fim de semestre sempre tem as provas, aí fica difícil! Mas, estou de volta, com um novo filme. O próximo será sobre música!

Like Crazy (2011)

Eu tinha visto o trailer e não dei nada pro filme, achando que seria algo estilo Nicholas Sparks (escritor que inspirou os filmes A Última Música, Querido John, Para Sempre, e todos esses romances suuuuuuuper melosos atuais, alguns muito chatos). Porém, estava afim de ver um romance esses dias e resolvi baixar esse, afinal, vai que é bom? rs. O resultado foi positivo. É um romance cheio de olhares e toques, que parece que você tem junto com os atores aquelas mesmas sensações que eles estão tendo; é bem intenso. Foi vencedor do Prêmio do Grand Júri no Festival de Filmes Sundance. O filme conta a história de Jacob e Anna, que se apaixonam na faculdade em Los Angeles, mas ela é inglesa e precisa voltar para o seu país, por causa do visto de estudante, e passam meses distantes um do outro; entre encontros e desencontros cada um vive a sua vida, sendo que a única coisa que os leva um ao outro é o amor. É um romance complicado o deles, e não tem naaaaada a ver com Amor À Distância, com a Drew Barrymore e o Justin Lang. A história transborda amor no início, e trata do amor com certa modernidade, eu diria, sem fazer dele seja algo muito clichê, do tipo: esperarei por você e no fim seremos felizes para sempre. Eles esperam no amor, de um jeito que só o amor entende. Está difícil explicar a sensação, então só vendo para entender melhor. Confesso que o filme não mudou minha vida, e até decepcionou em alguns pontos, mas vale a pena ver, afinal, ele tem uma trilha sonora tão boa! Ouça: 



A letra da música foi uma escolha excelente pro filme, pois fala de Dead Hearts, corações que um dia amaram muito e foram puros como crianças. Abaixo segue o trailer, bem tocante, com outra trilha MA-RA-VI-LHO-SA: Can't help falling in love with you.

domingo, 17 de junho de 2012

"As Long as you don't choose, everything remains possible"

Recentemente, sugeriram que eu visse esse filme. Confesso que nunca havia ouvido falar dele, mas fiquei curiosa e assisti. Um dos mais belos filmes que já vi.

Mr. Nobody (2009)


É uma produção belga, então imagino que não muitas pessoas tenham ouvido falar. Estamos tão acostumados a blockbusters ou comédias românticas hollywoodianas (alguns muito bons, não posso negar) que às vezes não damos valor ou não chegam até nós outras brilhantes produções. É muito difícil escrever uma sinopse do filme. Digamos que ele se trata de possibilidades, na vida e no amor, que acontecem por escolhas e acasos. Portanto, Nemo Nobody (um nome muito sugestivo) é um velho de 118 anos, único mortal na Terra (onde agora os humanos são imortais), que é requisitado para contar sua história de vida, e o que lembra são inúmeras diferentes histórias que tomam forma de acordo com importantes decisões que escolhe fazer em sua vida. Nemo viveu e ao mesmo tempo não viveu nenhuma delas. Sim, é difícil entender, mas depois que termina, tudo faz sentido (ou não, rs). Mr. Nobody conhece Anna, Elise e Gene, vive o amor com cada uma delas ao mesmo tempo, em realidades diferentes, como em um efeito borboleta (não, Mr. Nobody não é parecido com o filme Efeito Borboleta, é mil vezes melhor). Em um certo momento, Nemo fala do Universo, das dimensões do Universo, e de quantas coisas não conhecemos. Mas ele tem a capacidade de caminhar por essas dimensões, o que torna o filme não-linear. Enquanto eu lhe assistia, tentava dar sentido às coisas, e no fim, percebi que não se trata de procurar dar-lhe sentido de forma usual, com começo meio e fim, mas de questionar-se, sobre o tempo, o espaço, as nossas escolhas, o amor e até a morte. O que é real? O que é imaginação? Que isso importa? Qual é o melhor caminho a se escolher? Existe uma melhor escolha ou existem apenas escolhas? E mais importante, talvez: o que move nossas escolhas? Mr. Nobody é uma produção de profundidade artística (belas imagens, principalmente aquelas captadas em slow motion) e filosófica (e se a fumaça que se dissipa do cigarro voltasse ao cigarro, como num caminho reverso à ordem que chamamos de natural?) que eu recomendaria a todos assistirem. Abaixo, segue o filme completo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Mestre da Vida

Sabe quando você ainda é jovem e passa por aquelas crises existenciais: o que eu quero ser? O que eu quero fazer? Como conciliar o que eu gosto com o dinheiro? Será que eu deveria pensar no dinheiro? Como me libertar dele? E aí, de repente, você se depara com um filme que toca bem fundo essa alma artista que eu acredito que todos tenham, mas que nem todo mundo a exponha. Alma artista, pra mim, é aquela que nos inspira a sermos algo muito mais do que ditam as instituições, as profissões, os profissionais. Esse algo muito mais é difícil definir concretamente. Talvez, ele nem tenha como ser definido, porque pra cada um, é uma coisa. Mas é uma sensação de que a gente quer deixar uma marca no mundo, e a gente sente que foi destinado a isso. Pode parecer pretensioso pensar assim, afinal, não nos dizem que não somos nada? Podemos não ser nada comparado ao mundo, com tantas pessoas, mas se todo nada resolve fazer algo marcante, a gente não se torna um conjunto importante? Pra mim, isso é matemática pura (só quem faz pra entender). Bom, prolonguei-me na filosofia, mas há tanto a falar, mas muito mais a sentir.

O Mestre da Vida (2006), de George Gallo

Estava eu no YouTube (santo YouTube) pesquisando filmes para assistir num momento de muito ócio e me deparei com este, O Mestre da Vida. Li a sinopse e dizia ser sobre um jovem chamado John que quer ser artista e pede ajuda a um artista de verdade, Nicholai Seroff, mas este o recusa e é rude. Porém, após muita insistência, resolve tomar o rapaz com aprendiz. Claro que conviver com ele não foi fácil, o jovem teve que ralar. Isso lembra algum outro filme? Na hora, pensei em Karatê Kid! Pois é, não é muito original mesmo, mas como já disse outra vez, nem tudo o que tecnicamente é clichê é de fato um clichê pras nossas vidas, afinal, a gente nunca se cansa de ver o que é belo, certo? E belo, pra mim, é aquilo que toca o coração. Vou citar aqui o monólogo do começo do filme, porque foi por causa dele que o vi todo: "Eu me lembro de como foi, eu 'tava' perdido. Talvez não perdido, mas com certeza à deriva. Eu penso naqueles caras dos filmes que passam fome em uma  balsa provisória sofrendo com as ondas e procurando terra firme, vivendo de esperança. Bom, lá no fundo eu tinha essa ideia louca de que eu estava destinado pra uma coisa bem grande. Não que eu quisesse ser notado, era como se eu estivesse destinado a deixar a minha marca no mundo. Eu me lembro bem do que aconteceu naquele verão. Tinha uma onda de excitação ao meu redor. Eu 'tava' ligado a uma coisa que me guiava desde o meu nascimento. Aqui, agora, no momento em que eu crio, é quando eu me sinto mais confiante. É quando eu sinto que eu faço a coisa certa; uma onda de emoções me atinge, a maioria delas é o melhor que eu já conheci. Mas sempre tem um idiota que julga a gente pelo que a gente faz. As piores críticas normalmente vêm de pessoas que não fazem ideia do que a gente faz, não têm dons próprios, e que ficam irritados quando a gente 'tá' feliz. Então, com alegria eles vêm e nos provocam. A menos, é claro, que estejamos deixando o mundo mais feio. Então, esse tipo de pessoa vem segurar nossa mão com prazer e dançar com a gente na sarjeta dizendo que, assim como eles, vemos como aquilo é horrível e se compraz em comemorar. Mas desde cedo eu aprendi que qualquer idiota pode ver como as coisas estão feias, não precisa ter dom pra isso. Bom, essa é a história de um adulto. Se decidir ser cínico vai ser uma escolha infeliz porque os cínicos normalmente têm razão. Os românticos não, normalmente eles estão errados. Mas um romântico só precisa estar certo uma vez na vida, quando escolhe o seu verdadeiro amor. Eu acho que essa história, na verdade, fala de amor, e talvez fosse melhor que eu só tivesse dito isso, mas então vocês não conheceriam Nicholai como eu conheci, e isso seria injusto com nós dois."
Não vou dizer que é um filme memorável. Precisaria ter passado milhões de vezes na Sessão da Tarde, como Karatê Kid, mas deixa uma pequena marca muito gostosa na alma. A versão que coloco abaixo é dublada (então, pra eu ter gostado, é porque achei bom mesmo, porque deteeeeeesto filmes dublados). Se você achar legendado, creio que seja muito melhor! 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Série Inglesa Mais Aclamada de Todos os Tempos

É sério, gente, quem quiser entra no Wikipedia, é só ler! Vou reproduzir aqui uma parte: "...in 2011 it entered the Guinness Book of World Records as the most critically acclaimed English-language television show"!!!Ou seja, o seriado é f***!!!! (hehehe)
 
Downton Abbey (2010) 

Indicaram-me, e comecei a ver, porque amo séries de época. Pra quem gosta de Jane Austen e viu North and South, Downton Abbey é um prato cheio! Ele se passa no ínicio do século 20, uma época bem estratégica, porque puderam ser retratados a Primeira Guerra Mundial, as mudanças ideológicas, os valores, os pensamentos, a conquista da mulher na sociedade, dentro do microuniverso de Downton, pequena cidade inglesa onde mora a família Crawley, extremamente rica que vive numa mansão que mais parece um castelo. São vários personagens que vivem a história, muitos deles na rotina de Downton Abbey, outros que surgem e desaparecem, alguns rapidamente, outros nem tanto, outros que ressurgem. A série já foi renovada pra quarta e quinta temporadas!!! E nem saiu a terceira ainda! (Só em Setembro, e em Fevereiro começaram as filmagens). Mas por que a série é tão boa? Primeiro: tudo se passa dentro de uma mansão, onde dois mundos são ricamente explorados, dos empregados e dos patrões. Embora, na casa, vivam em ambientes distintos e em condições bem diferentes, eles se envolvem de uma tal maneira surpreendente: O'Brien, por exemplo, uma criada amargurada que cuida de Cora Crawley, a esposa do Lorde Crawley, tem um jeito sutil de manipular sua senhora, que a leva a tomar atitudes e decisões influenciadas pela sua empregada. É incrível! Segundo: a série é retratada em época de mudanças e acontecimentos históricos: o primeiro episódio se contextualiza com o acidente do Titanic, onde, na ficção, desaparece o primo Crawley, futuro herdeiro de Downton Abbey. Acontece que, na época, apenas um homem de linhagem sanguínea poderia herdar o lugar. Como Lorde tem apenas 3 filhas, Downton Abbey passa a ser direito de Matthew Crawley após a morte daquele. Terceiro: Matthew conhece Mary, a filha mais velha... e aí já viu tudo, né? Outro romance lindíssimo da série é do meu querido Nicholas Higgins de North and South, lembram-se dele? Gente, ele tem um olhar tão carismático que só ele sabe ter! Ele e Anna, uma das criadas, vivem uma história de amor linda e dramática! Ai ai ai... Outra personagem que gosto muito é Lady Sybil, uma das filhas, completamente revolucionária e moderna!!! Essa é outra que vive um romance bem ousado pra época. Mulher de fibra, ela. Lady Edith já é uma das irmãs que não fui muito abençoada com o dom da beleza (rs), então ela sofre, coitada. E quem conhece Thomas, vive uma relação de amor e ódio com ele, porque com ele, tudo vira desgraça, pois Thomas é o maior conspirador dentre os criados; mas sem ele, a série perde sua graça! Quarto: a mãe de Lorde Crawley. Todo mundo se lembra da professora McGounaghal de Harry Potter? Pois é, a atriz Maggie Smith está brilhante e hilária em seu papel; já me arrancou altas risadas. Ela é muito irônica! Abaixo, o segundo trailer tem uma cena com ela. Muito engraçado. É impossível ter uma alma doce e não gostar da série. Em dois dias, já vi as duas temporadas e o especial de natal. São ao todo 16 episódios. É curta, cada um de 50 minutos. Vale a pena cada momento. Esse primeiro trailer foi o melhorzinho que eu achei. Não é essa a trilha sonora da série, mas ela é boa.



Para nós, estudantes da vida

El Estudiante (2009)

Falaram-me desse filme há um tempo, mas só há alguns dias resolvi que queria vê-lo, e depois que terminei tive a sensação: por que eu não vi esse filme antes? Adoro filmes que mostram jovens aprendendo com os mais velhos ou que se guiam por algum livro, pois isto entrega poesia à história contada, e mostra que certos valores são universais. O Estudante é um filme que une essas duas coisas. Um senhor mexicano de 70 anos chamado Chano que vive com sua esposa decide que quer fazer Literatura na universidade. Quando ele chega à sala de aula, todos o olham achando que ele é o professor, e que surpresa têm quanto descobrem que ele, na verdade, é o aluno! Não vou contar o filme aqui, claro, mas aos poucos ele passa a se envolver com alguns jovens e através de sua experiência de vida e com o respaldo das lições de Dom Quixote (peça ensaiada pelos jovens da universidade), que Chano tanto gosta, ele os ensina sobre a vida, o amor, os valores essenciais que nos torna humanos dignos. Talvez seja um pouco clichê e previsível em algumas partes, e até um pouco "mexicano" demais em outras, rs, mas isso não desmerece em nada o filme. Afinal, se um história toca a alma, ela não tem só o que acrescentar? O filme me fez pensar muito em como temos valorizado os relacionamentos, as pessoas, nossa própria vida, e quando é que ouvimos aqueles que nos têm a ensinar? Será que chamamos de "caretas" e "ultrapassados" as pessoas certas? Chano nos mostra que ser jovem não é ter 20 ou 30 anos. E me pergunto: aos 60, terei esse coração jovem de Chano? A juventude dele se transparece no brilho de seus olhos quando diz: "E yo, que soy?" Pode parecer velho tudo o que digo, mas porque é que mesmo sabendo tanto ainda somos os mesmos? Será que ainda não aprendemos o suficiente? Eu nunca me canso de me emocionar com as mesmas coisas, porque muitas delas me lembram daquilo que eu tento ser, e que nós temos uma forte tendência a esquecer. O trailer diz que é uma história que arrebata corações. Arrebatou o meu. Espero que arrebate o de vocês, e bom filme!!

sábado, 9 de junho de 2012

Meu Top 5 de Seriados

E o ourooo!!!


Dexter (2006) 


Mais uma série do canal Showtime dos EUA, Dexter é a sensação de todas as séries! Com um tema muito original, trata-se de um serial killer pelo qual você se apaixona! Dexter foi uma criança diferente, psicologicamente destruída depois de presenciar um assassinato brutal quando era pequeno. Ele é frio e gosta de sangue. Então, seu pai o ensina a focar esse gosto para matar criminosos que a polícia não consegue pegar. Como seu pai era policial, ele o ensinou todos os métodos para detectar se o suposto criminoso é de fato culpado. Então, Dexter, seguindo algumas regras aprendidas, mata sua presa. Dexter Morgan é um analista de sangue da polícia de Miam, e trabalha com sua irmã, Debra, uma dos investigadores de homicídios. Dexter e Debra são o completo oposto um do outro: um não consegue sentir, é frio, calculista, enquanto ela é emotiva, sensível e extremamente explosiva. Porém, a relação dos dois é muita bonita, pois ela o ama muito, apesar de Dexter ser um pouco seco às vezes. A série já vai pra sua sétima temporada!!!! Acho o seriado inovador no modo como trata seu personagem principal: você assiste a Dexter e, ao mesmo tempo, ouve seus pensamentos (são sempre bem irônicos, é muito engraçado!) Michael C. Hall, que interpreta Dexter, é excelente. Ao mesmo tempo que consegue passar a imagem de monstro quando mata suas vítimas, é também um homem exemplar e íntegro (sim, é bem controverso, rs). A série só tem uma mania ruim: oscila um pouco nos seus episódios: começa bem, aí tem aquele que não é tão legal, mas conforme alcança seu final (são sempre 12 episódios) fica excelente!!!! E é nessa série que encontram-se, para mim, os finais mais surpreendentes de todos os tempos! Claro que eu não vou falar aqui, mas gente, é sério: quando eu vi o final de uma das temporadas, eu voltei... voltei de novo... e só fui repetindo, assim como fiz em The Walking Dead! Fan-tás-ti-co!!! Choque brutal na minha vida! hehe! Pois é, Dexter tem influência muito grande em mim... muito... portanto, se você não for bonzinho perto de mim, cuidado... HUA-HUA-HUA (risada maligna). Dexter também tem suas histórias menores, personagens interessantes, e cada temporada trata de alguma crise existencial de Dexter, que o levará a um auto-conhecimento. Na primeira temporada, ele conhece um assassino com uma história que vai mudar a vida de Dexter. Na segunda temporada, Dexter entra em crise em relação a quem ele é: apenas um serial killer ou um homem com muitas facetas? Na terceira, ele conhece um companheiro. Na quarta, depara-se com o famoso assassino em série Trinity. Na quinta, torna-se um mentor. Na sexta, tem de enfrentar um religioso fanático. Enfim, quando você acha que não tem mais o que contar, engana-se! E pra quem viu o fim da sexta temporada, sabe que agora tem muuuuuuuita coisa a ser contada, e eu estou ANSIOSÍSSIMA!!!! Best final EVER! Se você não assiste por medo de cenas chocantes, não se preocupe, não tem tanto assim não. Assistam, pois não vão se arrepender!! Coloquei um trailer da Intro da série, que eu acho engraçada, meio sombria, e um trailer da primeira temporada, que está exageradamente sombrio! Tá, Dexter é uma série de um serial killer, mas ele é tão engraçado às vezes! Acho que o trailer não fez muito jus ao que de fato se trata o seriado, mas vale a pena ver!!!