quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jornada Pela Liberdade

Que tal conhecer uma linda história de voz, coragem e esperança? 

Amazing Grace – Jornada Pela Liberdade (2006)

Poucas são as pessoas que já ouviram falar desse filme, porque ele foi lançado direto em DVD, não passou nos cinemas. Esse é um daqueles filmes que nos inspiram, tanto pela música quanto, principalmente, pela vida do personagem William Wilberforce (1759 – 1833), político britânico que desde o fim do século XVIII lutou pelo fim da escravidão na Inglaterra. Portanto, o filme trata de sua história, e de toda a dificuldade que foi conseguir atingir seus objetivos. Tudo se baseava em jogos políticos, não bastava ser nobre, ter voz, argumentos, era preciso saber jogar. E William sempre fora impulsivo, teimoso, fervoroso em suas idéias, e, por conta de sua descoberta religiosa (ele passa a seguir o protestantismo), escolhia caminhos de luta sempre pacíficos, por meio de discursos e divulgação de suas idéias. Mas, para embarcar nessa jornada pela liberdade dos escravos negros africanos, Wilberforce obteve estímulo de outros ativistas, como Thomas Clarkson, Granville Sharp, Hannah More e Charles Middleton, e também de seu amigo íntimo William Pitt, que foi o Primeiro Ministro mais jovem da Inglaterra. Juntos, iniciaram esse caminho árduo rumo à vitória. Não era fácil lidar com os políticos da época, assim como não é hoje, certo? Afinal, o que mais causava temor nessa decisões abolicionistas, consideradas radicais pelos mais conservadores, eram os “desastres financeiros”. Ou seja, não importava se um africano vivia nas piores condições possíveis, porque afinal, ele “não era considerado pessoa”. Economia em primeiro lugar. Como dinheiro comanda nossas vidas, não? Você já parou pra pensar em quantas injustiças sociais brutais existem por conta do dinheiro? Que aqui no Brasil mesmo existem pessoas abaixo no nível de pobreza sobrevivendo todos os dias? Na época na qual o filme é retratado, esses escravos eram trazidos em navios negreiros em condições degradantes. Pra se ter uma idéia, eram cerca de 600 escravos acorrentados do pescoço aos pés, num espaço equivalente ao de um caixão, enfileirados; mal podiam se mexer, e às vezes, por conta dessas correntes, tinham seus membros quebrados ou deslocados. É mais do que óbvio que não existia assistência médica nenhuma (para quê se nem humanos eles eram, certo?). As viagens, de acordo com o filme, costumavam durar três semanas quando o clima era propício; ou seja, eram três semanas com os membros deslocados, sem poder se mexer, evacuando e urinando sob e sobre si próprio. Muitos morriam de infecções e outras doenças e eram jogados ao mar. Quando falamos de grandes crimes contra a humanidade, logo pensamos no nazismo. Mas muito antes disso, já eram cometidos crimes, senão piores (se bem que é difícil julgar o que é um crime ser pior quando qualquer tipo de crime é um ato por si próprio cruel e inadmissível) que duraram muitos mais anos que o nazismo. O filme conta um pouco também das condições de trabalho desses escravos, quantas vidas pouco açúcar custava. E hoje? Será que isso não existe mais? Claro que sim, e no nosso próprio solo, no lugar em que chamamos de nossa terra, nossa nação. Mas não é só falar disso objetivo do filme, é falar daqueles que ousam erguer suas vozes contra essas brutalidades, que ousam encarar todo o processo de luta para acabar com injustiças como essas. Veja o filme e pergunte pra si mesmo: quantos são os William Wilberforce de hoje? A história é linda, mas é inevitável penetrar em sua atmosfera de esperança e engajamento e terminar sentindo-se frustrado consigo mesmo, e refletir sobre si mesmo. Esperança: essa era a motivação de William. Ele acreditava que podia dar certo. Mas precisou de amigos pra continuar a luta. E graças a tudo isso, Wilberforce pôde cantar Amazing Grace. (Abaixo do trailer, tem mais algum comentário)


Pra quem não conhece (mas certeza que você já ouviu), Amazing Grace (Maravilhosa Graça) é uma canção criada por John Newton (1725 – 1807), um traficante negreiro que, ao se ver diante de uma forte tempestade enquanto guiava um desses navios, percebeu-se tão frágil que só a Graça de Deus poderia salvá-los. Acabou se convertendo ao cristianismo e tornou-se um clérigo anglicano. John é retratado no filme como conselheiro de William (que, na vida real, o foi também). Mas o seu maior legado foi a canção que compôs, que segue logo abaixo (na versão do grupo Il Divo, e não é porque todos eles são lindos, gostosos e maravilhosos, a versão é boa mesmo, mas a letra foi alterada no final, e não consegui achar nenhuma versão com a letra original de John Newton).

Amazing Grace/Maravilhosa Graça

Amazing grace, how sweet the sound/Maravilhosa Graça, quão doce a canção
That sav’d a wretch like me!/Que salvou um pecador como eu!
I once was lost, but now am found,/Certa vez estava perdido, mas agora me encontrei,
Was blind, but now I see./Estava cego, mas agora eu vejo.

’Twas grace that taught my heart to fear,/Tua graça que ensinou meu coração a temer,
And grace my fears reliev’d;/E a graça aliviou meus medos;
How precious did that grace appear,/Quão preciosa aquela graça apareceu,
The hour I first believ’d!/No momento em que eu passei a acreditar!

Thro’ many dangers, toils and snares,/Por muitos perigos, labuta e armadilhas,
I have already come;/Eu já passei
’Tis grace has brought me safe thus far,/Essa graça trouxe-me segurança até agora,
And grace will lead me home./E a graça me guiará ao meu lar.

The Lord has promis’d good to me,/O Senhor me prometeu coisas boas,
His word my hope secures;/Sua Palavra firma minha esperança;
He will my shield and portion be,/Ele será meu escudo e minha porção,
As long as life endures./Enquanto a vida permanecer.

Yes, when this flesh and heart shall fail,/Sim, quando essa carne e coração falharem,
And mortal life shall cease;/E a vida mortal cessar;
I shall possess, within the veil,/Eu possuirei, dentro do Véu,
A life of joy and peace./Uma vida de alegria e paz.

The earth shall soon dissolve like snow,/A Terra logo se dissolverá como neve,
The sun forbear to shine;/O sol já não mais brilhará;
But God, who call’d me here below,/Mas Deus, que me chamou aqui embaixo,
 

Will be forever mine./Será para sempre meu.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Meu Top 3 de Seriados LIXO

Não vou me prolongar exibindo um de cada vez, porque eles não merecem toda essa atenção. Colocarei os três de uma vez. 

Medalha de Bronze: Lost (2004)

 Quem ainda está vendo ou pretende ver, desaconselho fortemente. Lost foi a MAIOR decepção da minha vida. Eu cheguei a virar noites e noites, ferrei com minha graduação por causa desse seriado e para quê? Para ver o PIOR FINAL DA HISTÓRIA DOS SERIADOS. Acabou e eu fiquei uma meia hora: o que aconteceu? WTF?! Fiquei Lost!! Minha vontade era de mandar meu notebook loooonge de tanta raiva! Muita decepção. Portanto, se você um dia cogitar, não perca tempo. A história começa a se embolar tanto, mas tanto, que nem final tem, ridículo. Não veja. Lembre-se que você gosta do seu notebook. Aliás, até que vale a pena ver por um motivo: os caras lindos de Lost. Ponto.


Medalha de Prata: Heroes (2006)

 Você pode até discordar, mas sabe qual é o problema dessas séries que criam mil personagens, mil histórias e querem cada vez mais audiência? Elas se perdem no roteiro, nas histórias, e aí você já não sabe mais o que está acontecendo! Vai ficando cada vez mais chato, muita informação, e aí você fica confuso e desiste de ver. Heroes é isso. Nem sei o que anda acontecendo com a série! Se alguém que tem paciência pra acompanhar puder me dar informação, porque eu não tenho paciênca nem pra pesquisar a respeito. Aliás, só pesquisei o ano de estréia, e foi um sacrifício. Se eu estiver sendo injusta com a série, por favor, comentem!!!

Medalha de Ouro: Charlie's Angels (2011)


Resolvi ver, afinal a idéia é legal, três heroínas modernas, cada uma com uma habilidade, sem contar que essa série já passou em outras versões há muuuito tempo e fez sucesso. Então, criei expectativas. Porém, foram pro lixo quando surgiu a personagem que faz a ruiva. Vou colocar o nome dela aqui em letras maiúsculas, porque ela é PÉSSIMA: MINKA KELLY. PÉSSIMA, mil vezes péssima. Sem expressão, sem nada! Só um rostinho bonitinho, mais NADA. Seriado suuuuper mal escrito, gente, é tudo ruim, tudo. NÃO VEJA!!! Se você duvida, foi cancela por causa da baixa audiência e das críticas ruins. Pode pesquisar no Google.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Homem da Vida de Toda Mulher

NÃO é um post somente para mulheres nem muito menos sobre homem (um pouquinho, mas é necessário, rs). Finalmente, depois de tanta obscuridade nesse blog com os Top 5 Filmes Tensos, resolvi aparecer com algo leve e lindo. Quero apresentar a vocês um seriado que conseguiu atingir tudo aquilo que eu procuro numa doce história de amor.

North & South (2004), minissérie da BBC

Pra quem não sabe, BBC é uma emissora pública inglesa que produz séries e minisséries de excelente qualidade (pelo menos, até agora, nada me decepcionou). Aliás, depois de North & South, virei fã das minisséries. Tudo começou quando eu resolvi assistir Emma (2009) - num outro post comento mais, porque vale a pena - pelo YouTube, porque havia acabado de ler Emma, de Jane Austen (ainda tenho que falar dela). Então, comecei a clicar em outros vídeos e eis que me deparo com North & South. Eram 4 episódios legendados (disponibilizados logo abaixo) de aproximadamente uma hora cada. Pensei: "Já é meia-noite, farei o seguinte: verei um, se eu gostar, continuo amanhã". Conclusão: vi todos naquela noite, porque foi impossível parar! Primeiro: a história tem um enredo muito bom, é muito bem contada, é baseada no livro North & South de Elizabeth Gaskell, publicado em 1855. Portanto, a ambientação do filme é dessa época, quando as máquinas estavam tomando espaço e a sociedade mudando e revelando as desigualdades sociais dessa nova era industrial no norte da Inglaterra, na cidade de Milton. Margaret, uma mulher do sul, região considerada de vida "preguiçosa", vai com sua família para o norte por conta de problemas que seu pai enfrenta na igreja onde pastoreava. Lá, ela conhece o aparentemente austero Mr. Thornton. Aí, vem o segundo motivo do filme ser bom, e acredito que isso só sirva para mulheres. Quando contei desse filme para uma amiga, ela resolveu assistir comigo. Mr. Thornton mal apareceu e ela já estava apaixonada por ele (sente o nível... rs). Eu havia dito que tinha uma cena que era o ápice, que a deixaria em êxtase!!! Porém, cada cena com ele era tão boa, que ela não acreditava que uma melhor ainda estava por vir. Consequência: ela viu essa cena ápice umas 10 vezes SÓ naquele dia logo após o filme. Detalhe: era a segunda vez que eu via o filme. Na primeira, terminei e tive a sensação de que, se um dia fosse pra encontrar um homem pra chamar de amor da minha vida, teria que ser dele pra cima!!!! Ou seja, vou morrer sozinha! hauahuaha (os homens que me perdoem, mas só vendo o filme pra entender). Por conta disso, pra vocês, mulheres, que viram Orgulho e Preconceito e se apaixonaram por Mr. Darcy, preparem-se para traí-lo, pois sua nova paixão será Mr. Thornton, garanto. Bom, continuando, o interessante é que, por mais que a história gire em torno do romance, ela vai além disso, e trata dos problemas socias da época, como as greves dos trabalhadores, as organizações dos sindicatos, relação patrão-empregado, e como não se apaixonar pelo cativante Mr. Higgins? Enfim, é um filme bem completo. Em terceiro: quem aqui já não se cansou dessas comédias românticas clichês, cheias daqueles mesmos diálogos? Quem aqui não tem vontade de ver um filme que resgate o amor puro, doce, aquele romance que nos faz suspirar por conta dos olhares, das conversas... nada daquela pegação que só tem sexo e tudo gira em torno disso? Depois que começou essa onda de Sexo, Amor e Outras Drogas, Sexo Sem Compromisso, Amigos com Benefícios, cansei! Fiquei pensando: cadê a conquista, o processo de conhecimento, os olhares, as conversas, o "cozinhar" das relações, os cortejos... SIM! OS CORTEJOS!!! Onde estão?! Portanto, não vá pensando que North & South é aquela paixão avassaladora que o deixa sem ar. É melhor, muito melhor, porque fala de amor, mas amor de verdade!! Aquele amor que você não precisa dizer "Eu Te Amo", porque os olhos falam por si próprios. E nesse filme, como os olhos falam!! E vocês, mulheres, sabem muito bem do que estou falando. Assistam, mas toooodo ele! São 4 horas, mas 4 horas muuuito bem aproveitadas. Divirtam-se!!! :D




terça-feira, 22 de maio de 2012

Meus Top 5 Filmes Tensos

E com vocês, em primeiríssimo lugar, o filme que eu NÃO RECOMENDO A NINGUÉM!!!

A Serbian Film (2010)

Sério, conselho de amiga, nunca assistam. Eu vi por curiosidade, porque o filme foi proibido no Brasil, e em vários outros países; e quando isso acontece, aí eu quero ver! O homem e a questão do proibido... acho que dá pra fazer uma postagem sobre essa questão algum dia... Bom, voltando ao filme, eu não sei muito bem como criticá-lo. Eu e minha amiga aqui de casa estávamos discutindo sobre Arte hoje, justamente por conta dessas produções brutais que são feitas e estávamos tentado descrever os limites da Arte, o que é Arte e o que não é. De acordo com ela, qualquer manifestação humana que edifique a alma é Arte. Edificar no caso não é necessariamente dizer que Arte vem de algo bonito, mas algo que complemente a alma humana. Centopéia Humana com certeza não é Arte, é de outra vertente da manifestação humana chamada Lixo. Esse filme, que no Brasil foi traduzido como Terror Sem Limites (tradução perfeita, aliás), eu descreveria como Lixo, apesar de, sei que em meio a muuuuuuuuuitas controvérsias, eu acho que exista algo que não seja só lixo. Não sei dizer porquê. O filme explora os limites da sexualidade. Envolve abuso infantil (não explícito, mas nem muito implícito), abuso sexual extremo, até de cadáver (coitado dos mortos, nem eles se salvam). Mas não é assim tudo de graça. Tem uma história. O protagonista que pratica os abusos faz tudo isso sob efeito de drogas para um filme bizarríssimo produzido por um cara mais bizarro ainda que promete a ele muito dinheiro. No fim (spoiler), o protagonista mata todos envolvidos no filme e a si próprio, junto com o filho de uns 10 anos e a esposa, que concorda em fazê-lo. Depois disso, você descobre que eles estão sendo filmados, ou seja, tudo era parte de um filme maior. E o homem que está filmando diz para outro: (spoiler chocante) "Comece pelo menino". Bom, imagine o pior. Isso não é nada perto do que tem no filme. Porque ele ganha de Centopéia Humana?! Porque o apelo à violência sexual, principalmente infantil, são tão fortes, que mexe com o psicológico de tal forma, é tão nojento, que você nunca esquece. Uma cena no final me marcou muito, pois foi extremamente forte envolvendo algo que choca todo ser humano são. Para que tenham uma idéia, eu me levantei, respirei e troquei de lugar pra ver o resto, de tão pesado que o ambiente ficou. Eu não consigo parar de me perguntar: por que desse filme? O que o escritor quis passar com isso? Ele quis testar os limites do terror? Só isso? Pra chocar? Pra quê? Se alguém tiver algum parecer e quiser comentar, agradeço, porque eu juro que não consigo entender esses filmes... O trailer não é tão pesado quanto Centopéia Humana, mas faz apelos um tanto quanto chocantes, portanto, ESTÃO AVISADOS!

Meu Top 5 de Filmes Tensos

E com a Medalha de Prata!!! Ele, que me dá medo só de ver... sério, gente...

Laranja Mecância (1971)

Talvez você não concorde que ele seja assim tão tenso ou ache que no lugar dele deveria estar A Centopéia Humana, rs. Mas a tensão desse filme não está em cenas de morte e mutilações, mas no choque psicológico que ele causa. Já ouviu aquela expressão "se contorcer" na poltrona de um cinema ao ver um filme? (Aliás, não sei se a expressão é essa, mas enfim, é algo assim, rs) Pois então, eu fiz exatamente isso nas primeiras cenas de Laranja Mecância, fiquei mal mesmo. Se com Amelie Poulain você se embriaga de doçura, com esse, de violência. O clima todo do filme é de terror, de tensão, porque a violência vista é totalmente gratuita!! Causa uma sensação de vulnerabilidade, porque você pensa: e se fosse comigo? Como você se livra de pessoas assim? Não adianta nem ficar calado, eles (o protagonista e sua gangue) vão molestá-lo por puro prazer, e não tem salvação. A direção é de Stanley Kubrick, aclamado por essa produção, também diretor do famoso filme O Iluminado, ambos considerados clássicos do cinema. Qualquer um já ouviu falar do filme, mas nem todos tiveram coragem pra ver. A história não é tratar apenas de ultraviolência por ela mesma. Conta-se sobre um rapaz chamado Alex que, com sua gangue, provocam os atos mais cruéis que se possam imaginar com idosos, mulheres, famílias. Daí, provêm as cenas mais fortes e chocantes do filme. Elas ficaram na minha cabeça por um bom tempo. Alex é preso e se torna cobaia em um experimento do governo com objetivo de curá-lo. Não vou dar spoiler aqui, apesar de saber que muita gente conhece o filme. A sensação que fica no final é que tudo não passou de uma grande piada na vida de Alex, pra ele poder rir da sua cara depois. Acho o filme extremamente atual, o ator principal, Malcom McDowell, assustador, sua foto me arrepia. Ele também foi Calígula no filme de mesmo nome. Malcom é excelente. Se tem algo que, pra mim, choca mais que cenas fortes, são aquelas que apelam para o seu psicológico, porque isso marca. Eu não teria coragem de ver esse filme de novo, e olha que já faz um tempo que vi. Abaixo segue o trailer, e aos DESAVISADOS: ELE É FORTE!! Não tanto quanto Centopéia Humana, mas é forte. 

Meu Top 5 de Filmes Tensos


E no pódio, com a Medalha de Bronze... Aquele que veio pra dominar o mundo! Brincadeira, é só o nome do filme...

O Anticristo (2009)

É muito difícil dizer se o filme é bom ou não. Certamente, ele é polêmico. Afinal, é do diretor Lars von Trier, dirigido por ele após um período de depressão. Lars tenta passar no filme essa atmosfera depressiva, e acreditem, ele consegue. Por isso, eu penso assim: se o objetivo do filme era deixar-me depressiva, o filme é perfeito; se não (vou citar uma frase que eu achei em um blog que comentava o filme e foi a descrição perfeita) é apenas um filho de Professora de Piano e O Albergue (o primeiro trata de um drama psicológico sexual e o segundo sangue, mutilações, e toda aquela coisa de terror que a gente já conhece). O Anticristo mistura cenas chocantes de mutilações, até mesmo sexo, com um drama psicológico que o envolve de uma tal maneira que é como se você vivenciasse aquilo junto com a protagonista interpretada por Charlotte Gainsbourg. O que eu gostei do filme é que ele ganhou uma dimensão que eu não esperava, e revela coisas no final também inesperadas. Digamos que ele também fica um pouco confuso, porque perde aquela idéia inicial simples que você tem da história – uma mulher que perde o filho e com a ajuda do marido psiquiatra tenta sair da depressão na qual mergulha – e você passa a conhecer um outro lado dela, muuuito mais sombrio.
O casal se isola numa cabana, que costumam chamar de Éden (altamente sugestivo) e lá eles vivem os momentos mais tensos do filme (ou seja, nada de Éden, hehe). É como se a floresta fosse a própria mente dela, cada vez mais sombria e cheia de mistérios. As imagens são um elemento muito importante do filme. Todas elas têm algum tipo de significado (ou não). Não vou dar spoiler aqui, porque esse é um filme que eu indico para aqueles que NÃO têm estômago fraco, rs.
Pra se ter uma idéia da polêmica, no Festival de Cannes, durante a entrevista com o elenco e o diretor, uma repórter exigiu que Lars justificasse aquele filme. Ele disse que não precisava justificar nada; William Dafoe, um dos protagonistas, tenta amenizar a situação. Enfim, super polêmico. É de Lars von Trier também um filme recente chamado Melancolia, que eu já imagino como eu vou me sentir depois de assitir-lhe.
Mesmo que você não tenha estômago fraco, não veja O Anticristo em período de provas ou de muitos problemas, porque ele mexe muuuito com o psicológico, e você fica meio mal depois por um tempo, variando de acordo com o seu psicológico. Segue abaixo o trailer (que já me deixou mal, hehe):

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Meu Top 5 de Filmes Tensos

Em 4º lugar... Esse é pra avacalhar geral!

A Centopéia Humana (2009)

Tá, eu sei: ESSE FILME? Entendam: ele não está no Top 5 porque eu amei o filme, pelo contrário, ele é tão aversivo, mas tããããao repulsivo, que ele MERECE estar no Top 5. Nunca verei isso de novo, apenas se minha vida depender disso, rs, o que eu acho improvável. A história é bem simples: duas garotas que, perdidas, vão parar na casa de um médico louco que quer construir uma centopéia humana. Pense só um pouquinho que com pouco esforço já dá pra entender o que ele queria fazer. Mas pense em algo nojento. Pronto, esse é o filme 1. Pois é, PASMEM! Existe o 2. Já falo dele. Bom, não tem mais o que falar do filme, porque qualquer esforço mental pra entendê-lo é desnecessário. Conselho: caso resolva assistir-lhe, lembre-se: não coma antes, nem durante, nem depois, caso tenha estômago fraco. E bom filme!


Como se não bastasse, o diretor, um cara muuuuuuuuuuito doidão, resolveu fazer o 2, alegando que Centopéia Humana 1 tinha precisão médica. O próximo seria SEM precisão médica. Encontraram um cara (não sei onde acham esses atores) muuuuuuuuuuito asqueroso, mas muito meeesmo! Você verá no trailer abaixo. O trailer já diz tudo do filme.

Meu Top 5 de Filmes Tensos

Chamo de Filmes Tensos aqueles que não dão pra ser classificados como Terror (e em breve comentarei alguns) mas que causam Horror ou Repulsa por conta de algumas cenas.
Bom, em 5º lugar...

Jogos Mortais (2004)

É óbvio que esse ia entrar na lista, certo? Lembro que na época que estreou, foi a sensação dos filmes de horror. Eu adorei!! Não vou contar o final, claro, mas foi completamente inesperado! (Eu pelo menos nem imaginava, rs) O filme teve um orçamento muito baixo, foi filmado em 18 dias, escrito por dois jovens, e sucesso de bilheteria! Confesso que eu também achei genial! Pra quem não viu, a história é assim: são pessoas que acordam num lugar desconhecido e que, pra saírem de lá, precisam completar um prova. Então, aparece um vídeo pra elas com um boneco, o famoso boneco do JigSaw, o vilão, que diz pra eles jogarem um jogo. Em geral, a prova que o refém tem que passar é algo que tem a ver com automutilação ou matar ou cortar alguém, enfim, é aí que aparecem as cenas repulsivas. Dá nervoso! É cada uma que o JigSaw apronta! É cada idéia! E cada exame tem a ver com o vício ruim que a pessoa tem: drogas, corrupção... E quem viu e não ficou olhando pros lados ou no espelho com medo de ver aquela máscara de porco, javali, sei lá? Só pra ter um gostinho do que é o filme (SPOILER) uma das vítimas tem que abrir o estômago do colega morto pra conseguir pegar uma chave que abre um capacete que ela usa; se ela não conseguir, ele estoura a cabeça dela. Já deu pra perceber que é tenso, né? Mas achei bem criativo, bem diferente daquele terror que virou  febre: jovens que vão viajar e vão parar num local abandonado e aí tem um louco que sai matando todo mundo e seeeeeeeempre tem a loira gostosa que sai correndo com os peitos balançando e molhada. Não, Jogos Mortias não tem essa baboseira, ele tem história, e cada segundo causa aflição. Recomendo para aqueles que gostam de uma boa tensão misturado com muitas cenas de sangue, muito sangue mesmo! rsrsrsrs...
Segue abaixo um vídeo que fizeram com cenas dos filmes, porque são 7 filmes dos Jogos Mortais, mas no vídeo nao tem cena de todos, eu acho. A imagem não está muito boa, mas gostei da música, ela dá todo um clima de suspense, rs, e dá pra ver umas cenas tensas. Quem tiver curiosidadede ver mais coisa, tem um milhao de vídeos no YouTube, só acessar.

sábado, 19 de maio de 2012

Meu Top 5 de Músicas Felizes

E em primeiríssimo lugar, provavelmente controverso, Medalha de Ouro para...

At Last, Etta James

Por que controversa? Por dois motivos: (a) quem já ouviu falar de Etta James? (b) quantas são as pessoas que gostam deste estilo musical? Bom, eu entendo. Converso com muitas pessoas sobre gostos musicais e sei que esse não entra sempre nos favoritos. Mas por que raios EU gosto? Mais pro final eu explico. Antes, tenho que dizer como Etta James surgiu na minha vida. Era uma manhã de domingo... Brincadeira, nem lembro, só sei que eu procurava por canções antigas, cantadas por mulheres, falando daquele amor duro, aquela coisa melancólica, de filmes antigos, às vezes com aquele tom de esperança amorosa... Encontrei Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Aretha Franklin e... e... ETTA JAMES!!! Ela tem um estilo menos melodramático em algumas de suas músicas (e altamente dramático em outras, ver I’d Rather Go Blind) e canta, nada mais nada menos, que At Last. E que voz! Eu já conhecia a canção na voz de Celine Dion, mas nunca ouvi ninguém interpretá-la tão bem quanto Etta, mesmo Beyoncé, que regravou a música e cantou para Barack Obama e sua esposa num evento, não bateu James (na minha humilde opinião, claro). Bom, mas vamos ao que interessa: o que tem assim de tão especial na música pra estar no primeiro lugar? Primeiro, leia a letra da música:
At last my love has come along / Finalmente meu amor chegou
My lonely days are over / Meus dias de solidão acabaram
And life is like a song / E a vida é como uma canção

At last / Finalmente
The skies above are blue / O céu está azul
My heart was wrapped up in clover / Meu coração foi coberto de tranquilidade
The night I looked at you / A noite em que eu te olhei

I found a dream that I could speak to / Encontrei um sonho do qual pudesse falar
A dream that I can call my own / Um sonho que eu posso chamar de meu
I found a thrill to press my cheek to / Achei uma emoção pra pressionar contra o rosto
A thrill that I have never known / Um prazer que eu nunca havia conhecido

You smile, you smile / Você sorriu, você sorriu
And then the spell was cast / E o encanto foi lançado
And here we are in heaven / E aqui estamos no paraíso
For you are mine at last / Pois você é meu (minha) finalmente

(Tradução modificada por mim de acordo com minha interpretação)

Concorda comigo que essa é uma letra que fala de alguém que está muuuuito feliz porque finalmente encontrou o amor da vida dele(a)? Ok, se você AINDA não se convenceu, façamos assim: feche os olhos. Ok, não feche agora senão você não consegue ler o resto, hehe. Leia e depois faça passo a passo, rs. Imagine-se numa sala com ar romântico, uma mesa com vinho, e uma noite beeem fria. Mas você não sente o frio, por que está aquecido(a) pelo calor da lareira, que provoca sombras dançantes na parede de sua sala. Então, você prova um pouco do vinho e liga uma música (At Last, na voz de Etta James). Por fim, também se põe a dançar, de preferência com alguém que ame, mas movido pelo fogo da paixão que os une (cara, foi breguíssimo, mas estou me divertindo escrevendo isso, rs). E o som os embala, e você pressiona seu rosto contra o dele(a). Agora termine você este momento... Tirando a parte brega, rs, entendem o que estou dizendo? Bom, agora só resta apreciar a música que segue logo abaixo.

Meu Top 5 de Músicas Felizes

E com a Medalha de Prata, aquela música que já começa pedindo pra você sorrir...   

Smile, Charlie Chaplin    
Quem nunca viu um filme de Charlie Chaplin? Tempos Modernos, aquele em que ele fica repetindo movimentos mesmo depois do trabalho de tanto fazê-los na fábrica? Ou quem nunca viu, pelo menos, aquele finalzinho em que ele sai caminhando todo engraçado? Tá bom, vai me dizer que você nuuuunca tentou imitá-lo andando? Nunca se fantasiou de Chaplin em festa alguma? Se sua resposta foi não pra todas, não conte pra ninguém e vá logo conhecer Chaplin!! Hehehehe... Primeiramente, é preciso saber que a letra mesmo não é dele, mas a canção foi criada por ele, o que já é uma inspiração e tanto, porque a música é maravilhosa. Se você estivesse mal e um amigo seu fosse até você lhe dar uma palavra de conforto e lhe abraçasse, e se dos céus surgisse uma canção pra ilustrar o momento, a canção seria Smile. Acho que essa é a melhor maneira de descrever quão boa é a música. Talvez você ache a canção triste, porque ela pede pra você sorrir em meio a corações partidos, doloridos, nuvens no céu, medos, e é como se fosse um sorriso pra esconder tudo isso. Eu já vejo por uma perspectiva beeem diferente: é um sorriso de recomeço. Como dar a volta pro cima, ou se recuperar de problemas se você nunca der o primeiro passo, fizer o primeiro esforço pra voltar a ser feliz? Abaixo postei o vídeo da canção na voz do meu querido Nat King Cole (lembram-se do cantor sorridente de Love do quinto lugar do Top 5 de Músicas Felizes?) com cenas dos filmes de Charles Chaplin. Vi, ri e chorei ao mesmo tempo, espero que sintam o mesmo. É um vídeo feito pra poucos corações.

Existem uma versão cantada por Michael Jackson, mas confesso que não coloquei porque não gostei, achei muito dramática. Se quiserem ouvir, YouTube está aí pra isso! rs!

Meu Top 5 de Músicas Felizes


Bom, já falei de livro (ainda falta um Top 5), já fiz um Top 5 de Filmes, e ficou faltando falar de Música. Esse campo é particularmente muuuuito difícil, porque eu gosto desde aquele sambinha gostoso até um puts puts bacana, rs. E, cada hora, estou ouvindo alguma coisa. Mas essas três músicas do pódio são aquelas três primeiras que vêm à minha cabeça quando eu penso em ouvir uma música pra sorrir. Então, vamos lá, com a Medalha de Bronze!!! 

Sem Mandamentos, Oswaldo Montenegro

Nas palavras de Oswaldo Montenegro, “essa é a música mais feliz que eu já compus.” Ele já começa sua apresentação nesse vídeo sendo muito feliz em seus comentários. Poxa, já é uma bela introdução pra música! Quando a música começa, é como se você fosse se embriagando de felicidade. E embriagando é a palavra certa, porque é aquela sensação crescente de algo bom e feliz. Quem não ouviu e ficou sorrindo que nem bobo se imaginando numa rua no meio de uma festa quando ele diz “quero um carnaval no engarrafamento” ou “hoje eu quero que os poetas dancem pela rua”? Se eu ficar comentando cada parte da música que me causa essa sensação de alegria, vou escrevê-la toda aqui! Enquanto eu fazia esse post, estava ouvindo-a e tive que parar de escrever, porque essa música é incansável, e é impossível ouvi-la e prestar atenção em outra coisa ao mesmo tempo. Quem me apresentou a Oswaldo foi mamãe, sempre com muito bom gosto! Ele é um verdadeiro poeta!!! Pena que outras músicas sejam valorizadas ao invés dessas. As pessoas parecem que se apegam àquilo que é prático e você não precisa pensar, estilo “Me dá um Tchu, Me dá um Tcha” ou o “Ai se eu te pego”.  Ouvir isso por diversão, brincadeira, é uma coisa, mas preferir isso a Oswaldo é caso clínico. Sério. Aprendi com alguns amigos verdadeiramente amantes de música a dar valor às letras da música, à história dos compositores e cantores, e hoje isso pra mim faz muita diferença na hora de selecionar o que é bom. Não é só a melodia, ou a voz. É a alma do cantor que parece que se expande e alcança o coração da gente. E aí só nos resta parar, ouvir e sorrir.


Como o assunto é Oswaldo Montenegro, preciso complementar falando de outra música muito bonita sua também. Não entra no Top 5, não sei bem explicar porque, talvez as outras que eu selecionei sejam melhores, mas é a “Eu quero ser feliz agora”. O próprio título já diz tudo, certo? Se você hesita em ouvi-la, leia esse trecho, porque talvez você mude de idéia: “Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora/ E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela/ Eu quero ser feliz agora”. Música mais que motivacional, vai, rs. 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Meu Top 5 de Músicas Felizes

Em 4º lugar, DUAS surpresas, não teve como...

Tocando em Frente, Almir Sater

A idéia era criar um Top 3, mas depois me lembrei de Love e fiquei pensando: qual seria uma quinta música que eu poderia colocar então? Comecei a pensar em letras felizes, e pronto: Almir Sater! Sua música é uma filosofia de vida! “Ando devagar porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais...” Então, resolvi ouvi-la pra comprovar se entraria ou não no meu Top 5. Quando ele começa cantando este trecho, não precisou de mais nada, Top 5 completo!!! “Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha, ir tocando em frente”. Você lê isso e pensa o quê? Eu fico morrendo de vontade de abraçar a vida ao ouvi-lo, e ainda por cima, Almir tem uma voz maravilhosa! Ouvir essa música me faz pensar na vida, em tanta coisa que a gente encontra problema, e será que é tudo isso mesmo? Será que não é só sorrir e tocar em frente? Afinal, como que a gente aprende sem chorar um pouco, não é mesmo? Mas não adianta ficar sofrendo, o luto prolongado é burrice. Almir é quem está certo. Tocar em frente. A melhor versão que achei foi essa. As que ele toca ao vivo não estão com o som bom.


Disparada, Jair Rodrigues

De repente, escrevendo esse post, lembro-me de outra música. Por isso eu digo, escrever sobre música é muito difícil, porque são tantas tão boas! E aí resolvi ouvi-la. Não deu. Tive que colocá-la aqui. Mas aí pensei: Top 6 é estranho, 6 não é 5, rs. Além disso, seria muito difícil classificá-la. Então, problema resolvido: temos 2 quarto lugar!!! Disparada, cantada por Jair Rodrigues, é uma canção de luta da vida pessoal, política, afinal ele a cantou num dos Festivais durante a ditadura militar. E a canção fala justamente da irreverência de um homem do sertão que aprendeu a ver a morte sem chorar e que veio pra consertar o destino, e já que um dia montou seu cavalo, agora é cavaleiro, laço firme, braço forte, num reino que não tem rei. Além da letra ser uma poesia de um cavaleiro que veio pra lutar, o que já move nossos corações, ao ver o vídeo abaixo você acaba se unindo a um sentimento único partilhado pelas pessoas naquela época. E é aí que o coração se exalta de alegria e bate uma vontade louca de estar ali com cada um deles aplaudindo Jair. Se bem que os aplausos não são só pra ele, é pro povo que não é gado, porque gado a gente tange em ferro, engorda e mata, mas com gente é diferente.

Meu Top 5 de Músicas Felizes

Em 5º lugar...

Love, de Nat King Cole

A música não foi composta por ele, mas foi feita pra ele. Ela é simples, doce e fala de amor! Ou seja, é perfeita! Toda vez que eu a ouço, me imagino num filme branco e preto fazendo aquelas dancinhas típicas de alguns filmes branco e preto no estilo musical. Ver o Nat King Cole sorrindo, já dá vontade de sorrir, ouvir essa música tão gostosa dá mais ainda!!! Depois que a ouvi pelas primeiras vezes, passei o dia: 
“L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can
Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart but please don’t break it
Love was made for me and you” 
Não tem muito mais o que falar dela. A letra é isso, a música é isso. Simples. Por isso tão sweet!! :D  Só ouvindo pra entender a sensação. Eu estou ouvindo Love enquanto escrveo e não consigo parar de ficar dançando, ela é contagiante!
E ah, cuidado, se você estiver apaixonado, talvez ouvi-la o fará ficar muuuito mais apaixonado!! 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Meus Filmes Top 5

Tan-tantan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-tan-taaaaan... parararaaa tan-tan-ta, parararaaa, tan-tan-tan, parararaaaaaaaaaa, tan-tan-tan-taaaaaaaaaaaaaaaan (pra quem não sacou, é a música de apresentação da FOX). Em primeiríssimo lugar!!!

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)

Se você ainda não viu esse filme, melhor, essa obra-prima, meu filho (ou minha filha), sua alma anda incompleta. Se Orgulho e Preconceito é uma prosa de amor em forma de filme, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é uma poesia de amor em forma de filme. Eu terminei de vê-lo e senti como se tivesse acabado de ler um belo poema romântico! Amélie é uma mulher-menina encantadora, doce, ingênua, ainda uma jovem em suas descobertas da vida, do amor... E se tem algo que eu admiro no cinema francês (porque confesso que não sou tão fã dos filmes franceses) é a capacidade de tornar algo tão ordinário em um acontecimento único e sublime. De um jeito simples e profundo, suas personagens surgem como num sorriso doce. Quem não se encantou por Lucien, o ajudante da venda do arrogante Collignon, falando do seu chefe e da Lady Di? Ou quem não quis ter um vizinho como o Sr. Dufayel? Quem não riu com as travessuras de Amélie? E quem não achou a idéia do anão brilhante e quis fazer igual? Depois de ver o filme, é inevitável a sensação de querer ser como Amélie, de trabalhar num Café como o dela, ou de ter os mesmos amigos, ou de encontrar o mesmo tesouro, e fazer as mesmas ações e tomar as mesmas atitudes, e de ter até as mesmas paixões. Ás vezes, pensamos que mudar o mundo é fazer algo tão grande e extraordinário que alcance nações; e ela, em pequenas inciativas, dá origem a essa grande obra-prima do cinema francês (na minha opinião, claro, pois muitos críticos devem considerar outras obras). Eu amo um filme pela sensação que ele me causa, pela vontade vê-lo outra vez. Não vi este o tanto quanto Orgulho e Preconceito ou Zumbilândia, mas já o vi muitas também, e não deixo de amá-lo menos. Por que ele está em primeiro? Na verdade, Amélie Poulain e Orgulho e Preconceito são fortes concorrentes no pódio, mas Amélie é, simplesmente, único na sua história, colorido e original. E, pra temperar esse poema, uma trilha sonora perfeita e poética do compositor francês Yann Tiersen, com músicas belíssimas e inesquecíveis como Competine d'un autre été, La Valse D'Amélie, A Quai... O filme conta a trajetória dela quando criança e, na vida adulta, dos seus prazeres, como colocar a mão no fundo de um saco cheio de grãos. Não dá pra ver o filme sem ter vontade de fazer a mesma coisa depois. Falar mais dele, é dar spoiler demais. Pra entender seu encanto, só assistindo. Abaixo, ao invés do trailer, que é só digitar no YouTube, coloquei uma cena que deixe quem não viu com muita vontade de ver.

Meus Filmes Top 5

Em 2º lugar, com a medalha de prata, que também pode ser bronze, mas ultimamente meu humor anda pra zumbi, rs...

Zumbilândia (2009)

Pra quem acha que sou uma viciada em zumbis, se enganou. Meu conhecimento de zumbis sempre se restringiu aos filmes antigos de Sessão da Tarde de mortos-vivos que saíssam de suas tumbas a noite e comiam a cabeça dos humanos. Não tenho estômago fraco, portanto, essas idéias me soam muito engraçadas. Quando assisti a Zumbilândia, nunca imaginei que eu ficaria tãããão viciada a ponto de convencer uma amiga com o estômago muito fraco a ver este filme comigo. Porque, pra mim, a história dos zumbis nada mais é do que um pano de fundo de um gostosa e engraçada relação de amizade que se estabelece ao longo do filme entre os personagens. Essa relação não vem de graça. E nem menos cativante. Não tem como você não se apaixonar pelo Tallahassee, o personagem mais velho, um cordeiro em pele de lobo, rs. Com ele, dei as maiores risadas! Tudo o que ele queria era um Twinkie (um bolinho recheado)!!! Quem vê Columbus acha que ele seria o primeiro a morrer depois que a Terra é tomada pelos zumbis, oriundos de uma contaminação viral. Mas é ele o mais esperto em sobrevivência, com todas as suas regras malucas e engraçadas, e seu jetio desengonçado de ser. Ele e Talahassee rederam boas cenas! Wichita e Little Rock são as irmãs que surgem e que se unem ao grupo. Nada as separa. Mas é difícil falar mais delas sem dar spoiler. Além do filme ser uma obra-prima de zumbis, ele ainda conta com cenas de Bill Murray, o cara dos Ghostbusters, famosíssimo de Sessão da Tarde. Quem nunca viu, recomendo, porque tudo o que é da Sessão da Tarde é clássico, rs. E aquele começo, com slow motion de zumbis correndo e humanos sendo atacados? Impagável!!!! O impressionante do filme é conseguir, em meio a tantas cenas de zumbis babando gosma preta e todos machucados e assustadores, criar tantos momentos e diálogos encantadores. Alguns que viram podem achar um exagero, mas nada nem ninguém vai me impedir de ver Zumbilândia pela 9ª vez.








Meus Filmes Top 5

No pódio, em 3º lugar, mas que na verdade pode ser 2º dependendo do meu humor...

Orgulho e Preconceito (2005)

Há controvérsias sobre seu lugar no pódio, rs. Durante muito tempo, diria que até mês passado, estava em segundo oscilando com o primeiro, até que conheci uma minissérie que mudou meu conceito de "Mr. Darcy" (só a mulher que viu o filme sabe do que estou falando). Vou comentar sobre essa minissérie em breve, chama-se North & South (o conceito "Mr. Darcy" de homem perfeito vira "Mr. Thornton"). Bom, Orgulho e Preconceito é belíssimo. Pra começar, quem nunca leu Jane Austen, precisa ir correndo, AGORA, comprar o livro e ler, é uma de suas melhores obras, um romance puro, doce, muito bem escrito, com falas belíssimas e declarações inesquecíveis. Pra mim, o filme é uma prosa do amor sublime em forma de filme. Ele conseguiu um feito que pouquíssimos conseguem: adaptar o livro ao cinema sem deixar que o filme perca a essência do livro. Algumas ambientações da produção mudam, algumas cenas, claro, mas as falas continuam muito parecidas. Orgulho e Preconceito é de uma pureza tão bela e rara, que seria triste não tê-lo na coleção de filmes vistos. Apaixonante!! Só pra se ter uma idéia, já o vi umas 8 vezes, SEM BRINCADEIRA. É tão alegre ver a interação das irmãs Bennet! Lizzie, a principal, ama ler, e é muito apegada a seu pai. Creio que isso influenciou em sua personalidade extremamente forte, disposta a recusar um casamento, tão importante na época pra uma mulher. Confesso que nunca gostei muito dessa necessidade de que o objetivo de um romance é o casamento, ou que a grande conquista de uma mulher é um homem, como se nossa vida só se completasse se encontrássemos o amor de nossas vidas. Mesmo que a história geral seja em torno disso, o casamento, o amor que o filme inspira transcende esse conceito. Ao assisti-lo, passei a repensar minha vida, os valores, aquilo que chamamos de belo, e comecei a desejar viver num mundo tão bontio quanto o de Lizzie. O livro, assim como o filme, trata de valores universais da conquista, da pureza do amor, e quem que não o viu e pensou: onde estão os Mr Darcy de hoje? Que mulher não quer se encantar como Lizzie se encantou com Mr. Darcy? E que homem hoje consegue ser um Mr. Darcy? Não pelo seu jeito tímido ou calado, mas no seu jeito sincero, capaz de se entregar a um romance sem medo, íntegro e elegante? É um filme para jovens de espírito sonhador e capazes de se apaixonar...

Meus Filmes Top 5

Em 4º lugar...

Star Trek (2009)

Conhecido no Brasil como Jornada nas Estrelas, pra quem não viu o filme, ele é mais um dentre os montes que já fizeram, uns bons, outros fiascos. É baseado na série mais que famosa Jornada nas Estrelas. Eu não vou falar muito da série, primeiro porque eu nunca vi um capítulo se quer, nem me interesso; segundo, porque se você nunca ouviu falar, talvez naõ entenda a peixão que vou declarar aqui sobre o filme. Bom, eu já sabia da fama de Jornada nas Estrelas, e toda a fissura que causava em muitos fãs, principalmente no famoso sinal de "Vida longa e Próspera" (se você não conhece, procura no Google, e aí você verá que na verdade já viu isso uams mil vezes, rs) do Spock. E lá fui eu no cinema assistir ao filme. Ele começa e já nas primeiras cenas chorei um pouquinho. Ele continua e eu já não consigo tirar meus olhos da tela. Olha, não sei bem o que tem de tão especial no filme para eu ter gostado tanto a ponto de ver duas vezes no cinema, porque, se você analisa bem, ele é mais um filme de ficção científica (até dói dizer isso), mas talvez toda essa coisa da famosa série, e de todo o universo tratado na história, do sucesso ao longos dos anos, é que tenha feito com que eu me sentisse tão extasiada. Tem uma cena (SPOILER) em que o Spock original (Leonard Nimoy, o William Bell de Fringe) encontra o Capitão Kirk (Chris Pine) e faz o sinal de "Vida longa e próspera"!!!!!!!!!!! Não sei dizer por que, mas eu quis chorar, foi emcionante! Foi um encontro no mínimo clássico!!! Sei que poucos se sentiriam dessa maneira ao ver a cena, mas foi essa minha sensação, como se fosse algo histórico.
Por mim, é uma aventura que vale muuuuuuuuuuuuito a pena ver, ainda mais as cenas engraçadas do Capitão com Spock "novo" (Zachary Quinto).O trailer não está legendado porque este é muito mais legal que o legendado.

Meus Filmes Top 5

Em 5º lugar...

Crash - No Limite (2004)

Vencedor do Oscar, na minha opinião, não tinha como ter sido diferente. O filme começou e já na primeira cena comecei a chorar. O filme terminou e eu AINDA estava chorando. Ele se inicia com uma narração sobre o toque, e, pra mim, a frase clássica foi: "Eu acho que as pessoas se esbarram nas ruas de propósito pra poderem sentir algo". Foi algo assim, não é exato, claro, é o que eu lembro. Ao longo dele, você conhece diferentes histórias que se cruzam de maneira inesperada, todas elas exibindo alguma forma do preconceito: ao negro, às origens, à classe social... E são histórias cotidianas que precisam ser, de vez em quando, mostradas em grandes produções pra podermos enxergar nossa própria realidade, cheia disso. O filme é triste, é tocante, emocionante. Vale a pena caaada cena, ainda mais quando se trata de ver aquela menininha linda personagem do filme. Se é Top 5, altamente recomendado. Não tem o trailer porque noa consegui colocar nenhum, mas é só colocar no Google que tem legendado.


Hounddog (2007)



   Asinformações mais técnicas e curiosidades sobre o filme, ou sobre qualquer assunto, sempre podem ser encontrados no Wikipedia. Por isso, aqui eu só exponho minha opinião mesmo sobre alguns aspectos de alguma obra que achei interessante. Confesso que assisti a Hounddog com uma certa expectativa, primeiro porque era com a Dakota Fanning, sempre impecável, e não decepcionou neste filme. Segundo, porque foi um filme meio polêmico nos Estados Unidos por causa de uma cena da Dakota Fanning sendo estuprada, e isso era um absurdo, sendo ela tão nova. Bom, eu vi a cena, e naaaada demais (ou eu que ando muito insensível, rs). Eu achava que o filme seria muito mais forte ante disso, mas foi comum. É uma produção que provavelmente esquecerei em breve, mas vale pela música que eu aaaaaamo, gravada numa versão antiga e de sucesso por Big Mama Thornton e célebre na voz de Elvis Presley, Hounddog, o próprio nome do filme. Posto logo abaixo a versão de Big Mama, pouco conhecidae, claro, de Elvis Presley.


 

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson

É uma aventura muito gostosa! Esperava algumas coisas no final, mas fiquei muito satisfeita do mesmo feito. Long John Silver e Jim Hawkins roubam a cena! Long é o típico dissimulado e absurdamente simpático, ele sabe trabalhar muito com a mente do outros, e é um grande manipulador. No início, fiquei com raiva dele e desejei o seu pior, mas depois que você vai pensando melhor no personagem, ele até que é, de uma maneira estranha, cativante, mas acho que preciso de mais uma leitura pra consolidar essa opinião.
É tão delicioso ler que eu pensava: “ Vou ler um capítulo só.” E, sem perceber, já estava no próximo.
Jim Hawkins, pra mim, é melhor personagem. Sinceramente, eu não esperava muito dele, e seu personagem me surpreendeu completamente: extremamente esperto, e a chave pra salvação de todos. Também esperei um final pra ele que não se concretizou, mas tudo bem. Sem contar que ele é extremamente sortudo.
Um livro que vale a pena pela riqueza da aventura.