E no pódio, com a Medalha de Bronze... Aquele que veio pra
dominar o mundo! Brincadeira, é só o nome do filme...
O Anticristo (2009)
É muito difícil dizer se o filme é bom ou não. Certamente,
ele é polêmico. Afinal, é do diretor Lars von Trier, dirigido por ele após um
período de depressão. Lars tenta passar no filme essa atmosfera depressiva, e
acreditem, ele consegue. Por isso, eu penso assim: se o objetivo do filme era
deixar-me depressiva, o filme é perfeito; se não (vou citar uma frase que eu
achei em um blog que comentava o filme e foi a descrição perfeita) é apenas um
filho de Professora de Piano e O Albergue (o primeiro trata de um drama
psicológico sexual e o segundo sangue, mutilações, e toda aquela coisa de
terror que a gente já conhece). O Anticristo mistura cenas chocantes de
mutilações, até mesmo sexo, com um drama psicológico que o envolve de uma tal
maneira que é como se você vivenciasse aquilo junto com a protagonista
interpretada por Charlotte Gainsbourg. O que eu gostei do filme é que ele
ganhou uma dimensão que eu não esperava, e revela coisas no final também
inesperadas. Digamos que ele também fica um pouco confuso, porque perde aquela
idéia inicial simples que você tem da história – uma mulher que perde o filho e
com a ajuda do marido psiquiatra tenta sair da depressão na qual mergulha – e você
passa a conhecer um outro lado dela, muuuito mais sombrio.
O casal se isola numa cabana, que costumam chamar de Éden
(altamente sugestivo) e lá eles vivem os momentos mais tensos do filme (ou
seja, nada de Éden, hehe). É como se a floresta fosse a própria mente dela,
cada vez mais sombria e cheia de mistérios. As imagens são um elemento muito importante
do filme. Todas elas têm algum tipo de significado (ou não). Não vou dar
spoiler aqui, porque esse é um filme que eu indico para aqueles que NÃO têm
estômago fraco, rs.
Pra se ter uma idéia da polêmica, no Festival de Cannes,
durante a entrevista com o elenco e o diretor, uma repórter exigiu que Lars
justificasse aquele filme. Ele disse que não precisava justificar nada; William
Dafoe, um dos protagonistas, tenta amenizar a situação. Enfim, super polêmico.
É de Lars von Trier também um filme recente chamado Melancolia, que eu já
imagino como eu vou me sentir depois de assitir-lhe.
Mesmo que você não tenha estômago fraco, não veja O
Anticristo em período de provas ou de muitos problemas, porque ele mexe muuuito
com o psicológico, e você fica meio mal depois por um tempo, variando de acordo
com o seu psicológico. Segue abaixo o trailer (que já me deixou mal, hehe):
Tensíssimo!
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